20/06/2010

Kick-Ass, um filme que ninguém precisa assistir.


Como escrevi numa postagem anterior, o lançamento de Superman – O Filme em 1978 e de Batman – O Filme em 1989 foram acontecimentos especialíssimos, muito aguardados e festejados pelos fãs. Já nos anos 90, chegaram às telas de cinema mais alguns filmes de super-heróis, mas as restrições técnicas e orçamentárias ainda limitavam esse gênero cinematográfico. A partir do ano 2000, no entanto, com o sucesso de X-Men – O Filme e o desenvolvimento dos efeitos visuais, Hollywood passou a explorar o que se tornou um filão muitíssimo lucrativo e prolífero. Assim, se antes os filmes com super-heróis eram um acontecimento especial, hoje eles se tornaram quase uma "praga".

Embora X-Men 2, Homem de Ferro ou O Cavaleiro das Trevas tenham se destacado por sua ótima qualidade, grande parte das produções baseadas nos heróis dos quadrinhos não conseguiu chegar a ser sequer um bom entretenimento. Basta citar Hulk, Quarteto Fantástico ou Superman – O Retorno para lembrarmos quão ruins essas produções milionárias podem ser. Contudo, como o que importa aos executivos de Hollywood é o lucro, mais e mais filmes baseados nos personagens dos quadrinhos têm chegado às telonas. Um dos mais recentes lançamentos foi Kick-Ass – Quebrando Tudo, longa baseado na violenta HQ criada por Mark Millar e John Romita Jr.

Já vou adiantando que não li o quadrinho. Embora goste bastante do trabalho de Romita Jr., o estilo propositalmente polêmico de Millar neste e em outros trabalhos não me interessa. Mas, pelas poucas páginas que pude ver e ler em prévias divulgadas na Internet, acredito que a HQ seja bem melhor do que o filme. Porque o filme – ah, caros leitores! – o filme é muito ruinzinho! A produção não é das mais elaboradas, as atuações não vão além do mínimo que se pode esperar, os poucos efeitos visuais são limitados e a história é bem chinfrim. Para completar, temos Nicolas Cage fazendo cara de “cachorro que perdeu o dono”, excessiva violência quase explícita e roupas de super-heróis que deixam os atores simplesmente ridículos.

Aqui cabe uma comparação. Quando criança, um dos meus seriados favoritos era Batman - aquele mesmo das onomatopeias: PAM! POW! CRASH!. Como se tratava do final dos anos 70 e início dos 80, a forma como víamos as coisas era diferente, ainda mais em se tratando das crianças. Para mim, na época, o seriado estrelado por Adam West e Burt Ward era uma aventura “a sério”, e não na verdade uma representação cômica pop. Claro que hoje, ao assistir a um episódio de Batman, eu sei que se tratava propositalmente de uma paródia dos quadrinhos, com elementos conscientemente exagerados e até ridículos.

No caso do filme Kick-Ass, pode até ter havido uma tentativa de ironia com a situação de alguém decidir se vestir de super-herói para combater o crime. Porém, o resultado da violência excessiva e das caracterizações ridículas é algo meramente kitsch, limitado ou de mau-gosto - por falta de um termo mais adequado. Claro que deve ter muita gente que gostou. Mas, na minha opinião, pela baixíssima qualidade, Kick-Ass – Quebrando Tudo é um filme que ninguém precisa assistir. Poupe seu tempo e dinheiro, ou aproveite para assistir alguns episódios do antigo seriado Batman. Possivelmente, você vai se divertir mais!

28 comentários:

andré b. disse...

Achei Kick-Ass um filme ridículo, hypado e superestimado. As críticas publicadas em jornais e revistas batem sempre na mesma tecla, enaltecem o filme por ser o "retrato das indefinições da adolescência", "auto-afirmação do jovem" e outras baboseiras psicológicas. E, definitivamente, o filme não trata sobre essa questão. Estão caçando pêlo em ovo. Pela similaridade das críticas que li em vários jornais e revistas diferentes, creio que tratasse de caso de matéria paga e pautada pela distribuidora do filme.

Wellington Srbek disse...

André, eu não li nenhuma crítica sobre esse filme. Aliás, não leio comentários de jornal há muito tempo... Mas, pelo que você falou, pode ser sim matéria paga, mas em muitos casos pode ser apenas preguiça mental de quem escreveu, que em vez de analisar o filme simplesmente copiou o press release da distribuidora. Coisa, aliás, que vocês jamais - jamais! - verão neste blog.

Anônimo disse...

talvez se tivesse lido o quadrinho mudaria de opiniao. o filme é bom sim, e é identico ao quadrinhos. onde tambem os herois sao ridiculos e a violencia é exagerada. é igual o filme do kill bill. que muitos nao gostaram por achou exagerado e estranho. mas esquceram de ver que ele foi uma homenagem aos antigos filme de kung fu. por isto foi feito dquele jeito.

Wellington Srbek disse...

Comentários sem identificação não merecem resposta.
De qualquer forma, não é preciso ler o quadrinho para perceber que o filme é um lixo.

Loot disse...

Então eu devo ser um lixeiro porque eu diverti-me imenso a ver este filme

Wellington Srbek disse...

Sem demagogias, Loot, não vejo problema algum em alguém ser lixeiro, que é uma das profissões mais importantes da sociedade moderna e devia ser muito mais valorizada.
Mas, voltando ao filme, cada um tem direito à sua opinião e a gostar do que quiser, por mais que esteja equivocado e goste de coisas ruins. Tem gente, por exemplo, que acha Rebolation uma música muito divertida.

Lillo Parra disse...

Ainda não vi o filme e também não li os quadrinhos. O filme vou esperar passar num canal da TV a cabo, só pelos trailers e o que andei lendo - de gente que considero séria - não parece valer os 16 paus do bilhete. O gibi pretendo ler porque o traço do Romita Jr é qualquer coisa de se babar. Lembra Kirby e acho que não é involuntário, o cara é bom pacas. Mas também não estou muito disposto a gastar 60 conto na encadernada, aliás é incrível como qualquer coisa agora é "leitura obrigatória" só porque tem capa dura e o selo da DC ou da Marvel. A verdade é que os quadrinhos estanudienses de super heróis estão cada vez mais violentos. Mas não é uma violência pensada politicamente como em "O Cavaleiro das Trevas" (o primeiro, pelamordedeus) ou "Watchmen" ou "V". Tá mais pra uma caricatura disso.

Loot disse...

Caramba Wellington eu não ofendi a profissão foi só um trocadilho para sobressair a palavra com que escolheste definir o filme.

Por acaso até me saiu mal porque devia ser alguém que goste de lixo e não alguém que trabalhe com ele devia ter dito que era o Cascão lol

Mas novamente: é claro que eu escolhi a frase para salientar o teres chamado lixo a algo que eu gosto, mas nunca para gozar com a profissão, nunca.

Wellington Srbek disse...

Concordo plenamente, Lillo! Especialmente pelas observações que fez quanto ao vazio político de trabalhos como Kick-Ass (segundo Walter Benjamin, este esvaziamento da dimensão política leva a coisas como fascismo ou totalitarismo).
Para mim, Kick-Ass é violência pela violência, como uma forma de criar entretenimento, de conquistar leitores que estão acostumados a representações de violência em outras mídias, como o cinema e os video games. Pelas prévias que vi, é uma espécie de pós ou hiper-Watchmen, sem a contextualização histórica e a dimensão política desta obra-prima.
Também curto muito o Romita Jr. O trabalho dele está ótimo nas novas HQs dos Vingadores. E ele é o grande discípulo do Kirby hoje. Aliás, tem uns textos aqui sobre o grande mestre. Depois confira.
Eh, os preços andam bem amargos por aqui. Mais um motivo para eu ter optado há algum tempo pelas edições originais...
Abraço!

Wellington Srbek disse...

Bom, Loot, temos que tomar cuidado e escolher bem as metáforas, pois realmente o trocadilho que fez teve um tom preconceituoso (mesmo não sendo intencional). Porque, como você bem colocou agora, lixeiros não gostam de lixo; eles só trabalham com ele.
Mas, ao dizer "lixo" no outro comentário, eu deveria ter sido mais específico e dito "lixo cultural".
De qualquer forma, eu reforço: o quadrinho me parece ser bem mais interessante que o filme, por causa dos desenhos do Romita Jr. O filme é só ruim e cheio de violência gratuita.

Loot disse...

por acaso penso que a maior parte das pessoas que ler pensará mais que a ideia era a de um tom jocoso ao preconceituoso, mas não vale a pena teclar mais nisto já está tudo esclarecido.

Acho que há espaço para filmes como watchmen e V e para filmes como este.

No entanto não acho que kick ass seja desprovido de mensagem e se baseie exclusivamente em violência.
Que a há em excesso é verdade mas é o filme mais violento do mundo? Os de Lars Von trier ou o Requiem for a dream incomodam-me muito mais (atenção são filmes que adoro).

Kick ass podia passar a mensagem muito bem sem recorrer a tanta violência é certo, mas eu realmente não me importei. agora vazio não acho que seja.

Wellington Srbek disse...

Se reler minha resenha, Loot, verá que a violência gratuita é apenas um dos elementos que prejudicam o filme Kick-Ass.
Há filmes violentos que são ótimos e nos quais a violência é plenamente justificada, por ter uma dimensão política. Um dos melhores exemplos é Assassinos por Natureza. Pulp Fiction também é violento, mas é ótimo enquanto criação artística.
Enfim, o verdadeiro problema do filme Kick-Ass é que ele é mal-feito.
Mas valeu por expressar seu ponto de vista aqui no blog!

Do Vale disse...

Polêmicas, polêmicas... =D

Acho que tudo que se podia dizer sobre Kick-Ass já foi dito nos comentários anteriores... =)

Só posso acrescentar que Kick-Ass, definitivamente, não é um retrato dos super-heróis no mundo real. Em alguns momentos, até se pode acreditar que sim, mas a história acaba como uma sátira mesmo.

Outra coisa: pra quem não leu, o filme tem muita coisa diferente da HQ. O final que Mark Millar reserva pra David e seu amor platônico, por exemplo, é das coisas mais escrotas que já vi. No filme, as coisas acabaram sendo mais felizes e com explicações mais redondinhas (no caso, a motivação de Big Daddy para fazer o que faz).

No final das contas, o filme diverte e cai bem com uma pizza e algumas cervejas geladas.

Loot disse...

Já agora também não acho o Hulk e o Superman returns maus como dizes.

Não são do que melhor se tem feito nas adaptações de BD é certo, o returns podia ter sido muito melhor, mas nota-se que é um filme que tem atenção, pode não ter resultado muito bem, mas não diria que era uma porcaria.
E o Hulk de Ang lee é uma abordagem até interessante eu não desgostei, mas sim faltaram coisas.

Maus maus (dos recentes) eu diria o Daredevil, Ghost Rider e o horror que foi a Liga de cavalheiros.

Mas voltando ao Kick Ass. Cada vez mais se tem esticado a corda no que toca ao sexo e à violência nos filmes. Quando vi Kick ass percebi logo que iria dar azo a uma discussão enorme tal como Ken park o fez na sua altura mas por causa das cenas de sexo com actores tão jovens (faço o paralelismo com as cenas de violência da miúda).
Curiosamente o que mais chocou na américa foi a forma como ela praguejava mais do que a violência fisica.


Eu gosto de violência nos filmes quando é bem filmada (e aqui acho que é). Se o filme só tivesse violência por ter então sim poderia ser vazio e lembrá-lo-ia como tendo excelentes cenas mas sendo no geral fraquinho. Mas não acho que seja vazio, acho que tem conteúdo e na altura fiz um comentário ao filme no meu blog, por isso não me vou extender mais. é um conteúdo tão denso e poderoso como Watchmen? Claro que não.


Claro que os fatos são rídiculos qualquer um de nós que arranjasse um fato de super-herói ficaria pateta nele. E eu até gostei do Nicolas Cage numa clara referência ao Adam West de Batman, reparem como ele fala, é igual lol.

Gosto também bastante do Mark Millar que sabe explorar bem a violência e usa e abusa dela, veja-se não só este mas Wanted também (o HQ).

Mas é sempre bom poder discutir pontos de vista distintos.

cumprimentos

Wellington Srbek disse...

Olá Do Vale,
Há mesmo diferenças entre o filme e a HQ, que podem ser notadas já pelas páginas de prévias na Internet. A dinâmica por exemplo das cenas de ação me pareceu bem mais interessante na HQ.
De qualquer forma, para mim, violência juvenil gratuita, como vemos no filme, não diverte.
Abraço!

Wellington Srbek disse...

Eh, Loot, realmente para mim Hulk e Superman - o Retorno são pífios.
Mas o que utilizo em minhas avaliações dos quadrinhos e filmes são critérios técnicos e artísticos, e não meu gosto pessoal (embora, é claro, algumas preferência pessoais façam parte das avaliações).
Por exemplo, não gosto de quadrinhos de faroeste, mas para mim Ken Parker é uma obra-prima. Não acho muita graça no Homem de Ferro, mas considero seu primeiro filme ótimo.
Talvez uma questão seja que os parâmetros e os critérios que eu uso nas avaliações sejam exigentes. E eu também levo em consideração questões como o efeito que a obra pode ter no contexto em que é realizado. E aí, realmente qualquer obra que explore a violência pela violência será criticada por mim, pois já temos violência juvenil demais hoje em dia.
Cumprimentos!

Loot disse...

Já viste o Battle Royale?

Aconselho caso ainda não tenhas visto. Não estou a fazer comparações, mas ao ler a tua resposta sobre a violência juvenil dos dias de hoje foi impossível não me lembrar deste.

Wellington Srbek disse...

Loot, a discussão foi mais interessante que o joguinho morno Brasil X Portugal, e podemos ficar aqui citando filmes e quadrinhos. Mas não creio que isso mudará a opinião de um ou de outro sobre Kick-Ass, que é tema central nesta postagem. No mais, abraços e até a próxima!

Loot disse...

Não era para mudar a opinião. Como disse não estava a fazer comparações entre um e outro, achei uma proposta interessante caso gostes de cinema apenas isso e nada mais, foi uma sugestão e além do mais penso que também é uma adaptação de BD.


Quanto ao jogo que venham melhores exibições e que nos encontremos na final novamente :)

Wellington Srbek disse...

Rapaz, do jeito que anda jogando, a Seleção Brasileira não chega à final!

caio martins disse...

o filme não é um lixo. lixo é a mulher gato e demolidor. ai vai do ponto de vista de cada um. assisti ao filme e li a revista. os dois sao bons, mas nao é uma superproducao igual do homem aranha, x-men, batman...
por isto deve ter cuidado com seus comentarios. uma vez uma pessoal denominou Cidade de Deus "uma porcaria". perguntei pra ela porque. e ela respondeu que era por causa do excesso de palavrao.. (????) e isto faz de um filme um filme ruim?

Wellington Srbek disse...

Ah pode deixar, Caio, que vou tomar cuidado para não ofender novamente a sensibilidade de quem gosta de filmes ruins.
Meus critérios não têm nada a ver com palavrões. Cidade de Deus é um ótimo filme e quem disse que ele era uma "porcaria", por causa dos palavrões, não entende nada de cinema.

caio martins disse...

voce disse tudo agora. .."não entende nada de cinema."
era que eu ia dizer de você. citei os palavroes como uma referencia.

Wellington Srbek disse...

Eh, eu não entendo nada de cinema.

Flávio Kteno disse...

Até assistir Kick Ass eu não sabia nada sobre Mark Milar e John Romita Jr. Fui assistir o filme sem grandes expectativas e pra minha surpresa foi uma das melhores exibições cinematográficas que vi ultimamente. Acho que o principal de um filme é a mensagem que ele passa e os sentimentos que ele provoca nos espectadores. Apesar de de gostar de quadrinhos e do universo dos super heróis desde a infância, foi só assistindo Kick Ass que eu finalmente entendi porque essa temática nos fascina tanto. Ao acompanhar os super heróis nos quadrinhos, televisão ou cinema, realizamos através deles nossos desejos mais íntimos, de poder realizar feitos memoráveis,incríveis, obter reconhecimento das pessoas , e a sensação de que nada pode nos deter. Pra mim, a maior questão levantada por Kick Ass é a seguinte: Qual é a essência de um super herói? A atidude ou os superpoderes? No filme, Dave, inspirado nas HQs se vale de uma fantasia de herói pra ter uma mudança de atitude em sua vida, deixando de apenas "existir" e começando ele próprio a fazer algo por si mesmo e pelas pessoas ao seu redor.É claro que ninguém vai sair por aí fantasiado e começando a combater o crime. Mas quantas vezes nos deparamos com situações em que poderíamos ter intervido para ajudar os outros e acabamos não fazendo nada? É preciso ter superpoderes para isso? Será que dons que temos e consideramos comuns não poderiam ser considerados superpoderes por outras pessoas que não tem a mesma capacidade? Pra mim essa é a principal reflaxão de Kick Ass.
Pretendo adquirir o quadrinho o quanto antes pra ver se os elementos que me agradaram no filme foram mesmo inspirados da versão original.

Wellington Srbek disse...

Realmente, Flávio, esta dimensão que citou é um dos grandes atrativos dos super-heróis (tratei dela aqui num texto no ano passado).
Bacana que o filme Kick-Ass possa ter te dado essa impressão. Para mim, porém, esse possível efeito positivo não apaga os elementos negativos do filme.
De qualquer forma, minha análise foi técnica e artística e nesse ponto, continuo achando o filme muito mal-feito.
Abraço!

Marcus disse...

Grande Srbek! Não li a revista, nem vi o filme ainda, apesar de todas criticas que li, apontarem o filme melhor que a revista. Enfim, vamos aguardar. Mas eu queria deixa registrado aqui algo sobre Mark Millar. Antes de tudo quero deixar claro que o acho razoável, apesar de reconhecer que as fases dele em Authority e Os Supremos, são sensacionais, o que eu quero dizer aqui, é quanto a forma que ele lida com seus trabalhos.

Certa vez assistindo a um edição do OmeleTV um dos participantes disso algo interessante sobre o Mark Millar, e que faz todo sentido ao meu vez: Ele se considera o Charlie Brown Jr dos quadrinhos, se auto proclamando a voz da juventude e de tudo que é novo no que se diz a quadrinhos. Tenho serias restrições a ele, assim como tenho a Garth Ennis por exemplo. Assim como Ennis, Millar faz uso forçado de violência e escatologia (em doses diferentes que Ennis, hora maiores, hora menores), porem o que me incomoda bastante é sua postura com suas obras. Mark Millar deve ser o roteirista mais hypado da atualidade, vende seus trabalhos muito bem, porem, sinceramente, não gosta desse tipo de postura que ele tem com seus trabalhos, que mais parecem trampolins para virarem filmes.

Vamos deixar claro que eu não quero prega algo do tipo: “Mark Millar é um vendido” ou “traidor do movimento”. Mas eu sinceramente acredito que esse tipo de atitude diminui a importância da obra em quadrinhos. A meu ver nessa troca quadrinhos e Hollywood, tem uma noção um tanto quanto torta, onde é Hollywood que se mostra dependente dos quadrinhos e não o contrario. Mas enfim, essa é uma opinião minha, e todos são livres pra fazer o que bem entendem de suas obras e cabe a nos leitor julgar se isso é certo ou errado comprando ou não.

No mais um abraço de seu Padawan!

Wellington Srbek disse...

Caramba! Há quanto tempo não aparecia por aqui, Marcus!
Caro Padawan, eu não posso deixar de concordar com você, que acrescentou outras informações ao que considero os problemas em alguns trabalhos de Millar e Ennis (não sei se chegou a ler, mas postei aqui textos em que falei da nova onda violenta nos quadrinhos de super-heróis e apontei como principais exemplos The Boys de Ennis, Kick-Ass e Nemesis de Millar). Não acho que o filme Kick-Ass seja melhor que a HQ. De qualquer forma, esse tipo de violência juvenil despropositada, na minha opinião, não é bom entretenimento e não contribuiu para o desenvolvimento dos quadrinhos.
No mais, grande abraço e volte sempre!