O francês Jean Giraud, mais conhecido internacionalmente pelo pseudônimo Moebius, é o criador de uma obra absolutamente original e inovadora. Dono de um traço inconfundível e também incrivelmente mutável, esotérico e surrealista, futurista e atemporal, inimitável e muito copiado, um gênio da luz e do espaço, ele mudou definitivamente a história dos quadrinhos e das artes visuais na segunda metade do século 20. Por tudo isso e muito mais, eu não poderia deixar de homenageá-lo no dia em que completa setenta anos.
A carreira de Jean Giraud teve início em meados dos anos 50, com quadrinhos de faroeste (então um dos gêneros mais populares na Europa). Em 1963, ele começou a desenhar para a revista Pilote a história "Fort Navajo", escrita por Jean-Michel Charlier. Fazendo bastante sucesso, essa HQ deu origem à série de álbuns do Tenente Blueberry, personagem ao qual o desenhista retornaria várias vezes ao longo das décadas e que tornou Giraud um nome conhecido na França. Mas o melhor ainda estava por vir! Os primeiros sinais surgiram no início dos anos 70, em ilustrações isoladas, bem como numa HQ curta, autobiográfica e surrealista chamada “O Desvio”. Trazendo a assinatura GIR, esse trabalho abriu caminho para novas realidades visuais.
Foi o que se viu quando a Pilote publicou a história “O homem é bom?”, trabalho que chamou a atenção de todos por seu visual inovador e final surpreendente. No último quadro, os leitores encontraram a assinatura do autor: MOEBIUS (pseudônimo que o desenhista já havia utilizado em histórias cômicas nos anos 60). Adotando o nome do matemático germânico responsável pela descoberta em 1858 da “fita de Möbius”, com essa nova alcunha Giraud pretendia sacudir as convenções artísticas. Para tanto, na companhia dos amigos Jean-Pierre Dionnet e Phillippe Druillet, Moebius fundou o grupo Les Humanoïdes Associes, responsável pela revista de ficção & fantasia Métal Hurlant (que serviria de base para o lançamento, em 1977, da norte-americana Heavy Metal).
Através das páginas da revolucionária publicação francesa, Moebius assombrou e maravilhou o mundo com seus trabalhos mais originais e impactantes. Dizem as lendas dos quadrinhos que, por volta de 1974, o desenhista teria experimentado o peyote, uma planta alucinógena e cerimonial utilizada por índios da América do Norte. Verdade ou não, essa experiência teria sido a responsável pela criação de Arzach, uma série de quatro HQs curtas sem balões que narram as aventuras de um misterioso guerreiro que cavalga um gigantesco pássaro-fóssil. Com roteiros simples e ilustrações fabulosas, repletos de imagens do inconsciente e arquétipos de vida e morte, essas pequenas histórias tiveram o impacto de verdadeiras “bombas”.
Pura narrativa visual, sempre onírica e violenta, às vezes cômica e erótica, Arzach projetou o nome Moebius para a galeria dos maiores artistas dos quadrinhos. Mas era apenas o começo! Nos anos seguintes, o artista francês produziu (às vezes em parceria com roteiristas) diversas histórias curtas, nas quais os estilos e técnicas variavam de acordo com o clima e temática do roteiro. Assim surgiram a irônica “É um universo pequeno”, a poética “A Balada” e a soturna “O Longo Amanhã” (publicadas no Brasil pela L&PM na coletânea O homem é bom?). Marcantes por seu simbolismo hermético e desenhos magníficos, com finais apocalípticos e pessimistas, HQs como “Absoluten Calfeutrail” fizeram sucesso em revistas de ficção e fantasia mundo afora. E não parou por aí!
No clima satírico dos anos 70, Moebius produziu para o jornal France-Soir a HQ em seis episódios “A caçada pelo francês em férias”, na qual estréia o personagem Major Grubert. De forma independente, certa noite o artista desenhou duas páginas de uma história inexistente, bem no clima nonsense dos anos 70. Ao ver aquelas páginas, Dionnet gostou tanto que pediu a Moebius que desse prosseguimento à história para que ela fosse publicada na Métal Hurlant. O desenhista aceitou a proposta, mas acabou se esquecendo de produzir a continuação, tendo que inventar na última hora as duas páginas para a edição seguinte. A partir do terceiro capítulo, o Major Grubert entra em cena, originando A Garagem Hermética (lançada no Brasil pela L&PM com título Major Fatal e relançada pela Globo em Os Mundos Fantásticos de Moebius).
Tendo alcançado fama internacional, no início dos anos 80, o desenhista presenteou os fãs com um de seus melhores trabalhos: os primeiros álbuns da série Incal, escrita por Alejandro Jodorowski. Misto de aventura futurista, sátira social e parábola metafísica, as aventuras de John Difool trazem Moebius no mais alto estilo! Com várias reminiscências de trabalhos anteriores, as páginas do álbum O Incal Negro, por exemplo, são uma síntese perfeita entre detalhe e concisão, ação e composição. Trabalho de um artista maduro e talentoso, não é raro seus quadros explodirem em luzes e cores ou abrirem em amplidões e profundidades que parecem transpor o espaço restrito da página de papel (infelizmente, a maior parte disso se perdeu na recolorização feita para edições mais recentes, como a lançada pela Devir).
Em 1988, Moebius proporcionou aos leitores mais uma viagem fantástica: o álbum Os Jardins de Aedena, visualmente belíssimo e inspirado na espiritualidade oriental. Na mesma época, a Marvel lançou (pelo selo Epic) a coleção Moebius, com as principais obras do artista. A qualidade artística vista ali não se repete, porém, nos últimos capítulos de Incal e na graphic novel do Surfista Prateado (trabalhos voltados ao mercado norte-americano). Paralelamente, nas últimas décadas, Moebius produziu diversas ilustrações, desenvolvendo as paisagens oníricas e as imagens surrealistas que fizeram sua fama (além de pôsteres feitos por encomenda, com personagens da Marvel e DC). Muito ligado a temas esotéricos, o desenhista chegou até mesmo a ilustrar uma edição especial do livro O Alquimista de Paulo Coelho.
As realidades fantásticas, personagens e situações inspiradoras criadas por Moebius logo extrapolaram os limites dos quadrinhos. Influenciando as artes visuais em geral e até mesmo a moda, ainda nos anos 70 o artista francês passou a ser convidado a colaborar em produções cinematográficas. Além de ter influenciado o visual do clássico Blade Runner e trabalhado nos filmes Alien, Tron e O Quinto Elemento, ele desenhou máquinas, roupas e story boards para uma adaptação não realizada do livro Duna. Até mesmo Federico Fellini declarou sua admiração pelas imagens criadas pelo quadrinista, dizendo-se incapaz de reproduzi-las num filme. Moebius também trabalhou e inspirou diversos filmes de animação, como um desenho baseado em Incal e o longa-metragem em homenagem a Little Nemo de Winsor McKay.
Os primeiros trabalhos do iugoslavo Enki Bilal, os quadrinhos que o brasileiro Watson Portela produziu nos anos 80, o mangá Nausicaä de Hayao Miyazaki, elementos de Ronin de Frank Miller e Hellboy de Mike Mignola são apenas alguns exemplos mais evidentes de obras e autores influenciados por Moebius. A partir dos anos 90, HQs desenhadas pelo próprio autor tornaram-se mais raras, destacando-se o álbum Le Monde d'Édena publicado pela Casterman em 1994. Mais recentemente, foram lançados os primeiros volumes de Inside Moebius, trabalho reflexivo e confessional, desenhado em estilo mais caligráfico e “diluído”, no qual o desenhista se encontra (e discute) com seus mais conhecidos personagens, além de uma versão mais jovem de si mesmo.
Pelos trabalhos citados aqui e por muitos outros, Jean Moebius Giraud tornou-se um dos artistas mais originais e influentes da história dos quadrinhos. Um autor cuja importância fundadora talvez só possa ser comparada à de nomes como Jack Kirby, Osamu Tezuka e Hugo Pratt. Para todos nós, fica a fascinação (e a quase incredulidade) diante de imagens que vão muito além do espaço físico do papel. Imagens de mundos fantásticos, sonhos e pesadelos, de voluptuosas mulheres nuas, de heróis improváveis, espaços infinitos e luz. Muito antes das melhores conquistas dos efeitos visuais e da computação gráfica, Moebius produziu com arte e ilusão a mais pura magia visual. Por tudo isso, devemos agradecer e dar nossos parabéns ao genial Jean Giraud - Gir - Moebius!
A carreira de Jean Giraud teve início em meados dos anos 50, com quadrinhos de faroeste (então um dos gêneros mais populares na Europa). Em 1963, ele começou a desenhar para a revista Pilote a história "Fort Navajo", escrita por Jean-Michel Charlier. Fazendo bastante sucesso, essa HQ deu origem à série de álbuns do Tenente Blueberry, personagem ao qual o desenhista retornaria várias vezes ao longo das décadas e que tornou Giraud um nome conhecido na França. Mas o melhor ainda estava por vir! Os primeiros sinais surgiram no início dos anos 70, em ilustrações isoladas, bem como numa HQ curta, autobiográfica e surrealista chamada “O Desvio”. Trazendo a assinatura GIR, esse trabalho abriu caminho para novas realidades visuais.
Foi o que se viu quando a Pilote publicou a história “O homem é bom?”, trabalho que chamou a atenção de todos por seu visual inovador e final surpreendente. No último quadro, os leitores encontraram a assinatura do autor: MOEBIUS (pseudônimo que o desenhista já havia utilizado em histórias cômicas nos anos 60). Adotando o nome do matemático germânico responsável pela descoberta em 1858 da “fita de Möbius”, com essa nova alcunha Giraud pretendia sacudir as convenções artísticas. Para tanto, na companhia dos amigos Jean-Pierre Dionnet e Phillippe Druillet, Moebius fundou o grupo Les Humanoïdes Associes, responsável pela revista de ficção & fantasia Métal Hurlant (que serviria de base para o lançamento, em 1977, da norte-americana Heavy Metal).
Através das páginas da revolucionária publicação francesa, Moebius assombrou e maravilhou o mundo com seus trabalhos mais originais e impactantes. Dizem as lendas dos quadrinhos que, por volta de 1974, o desenhista teria experimentado o peyote, uma planta alucinógena e cerimonial utilizada por índios da América do Norte. Verdade ou não, essa experiência teria sido a responsável pela criação de Arzach, uma série de quatro HQs curtas sem balões que narram as aventuras de um misterioso guerreiro que cavalga um gigantesco pássaro-fóssil. Com roteiros simples e ilustrações fabulosas, repletos de imagens do inconsciente e arquétipos de vida e morte, essas pequenas histórias tiveram o impacto de verdadeiras “bombas”.
Pura narrativa visual, sempre onírica e violenta, às vezes cômica e erótica, Arzach projetou o nome Moebius para a galeria dos maiores artistas dos quadrinhos. Mas era apenas o começo! Nos anos seguintes, o artista francês produziu (às vezes em parceria com roteiristas) diversas histórias curtas, nas quais os estilos e técnicas variavam de acordo com o clima e temática do roteiro. Assim surgiram a irônica “É um universo pequeno”, a poética “A Balada” e a soturna “O Longo Amanhã” (publicadas no Brasil pela L&PM na coletânea O homem é bom?). Marcantes por seu simbolismo hermético e desenhos magníficos, com finais apocalípticos e pessimistas, HQs como “Absoluten Calfeutrail” fizeram sucesso em revistas de ficção e fantasia mundo afora. E não parou por aí!
No clima satírico dos anos 70, Moebius produziu para o jornal France-Soir a HQ em seis episódios “A caçada pelo francês em férias”, na qual estréia o personagem Major Grubert. De forma independente, certa noite o artista desenhou duas páginas de uma história inexistente, bem no clima nonsense dos anos 70. Ao ver aquelas páginas, Dionnet gostou tanto que pediu a Moebius que desse prosseguimento à história para que ela fosse publicada na Métal Hurlant. O desenhista aceitou a proposta, mas acabou se esquecendo de produzir a continuação, tendo que inventar na última hora as duas páginas para a edição seguinte. A partir do terceiro capítulo, o Major Grubert entra em cena, originando A Garagem Hermética (lançada no Brasil pela L&PM com título Major Fatal e relançada pela Globo em Os Mundos Fantásticos de Moebius).
Tendo alcançado fama internacional, no início dos anos 80, o desenhista presenteou os fãs com um de seus melhores trabalhos: os primeiros álbuns da série Incal, escrita por Alejandro Jodorowski. Misto de aventura futurista, sátira social e parábola metafísica, as aventuras de John Difool trazem Moebius no mais alto estilo! Com várias reminiscências de trabalhos anteriores, as páginas do álbum O Incal Negro, por exemplo, são uma síntese perfeita entre detalhe e concisão, ação e composição. Trabalho de um artista maduro e talentoso, não é raro seus quadros explodirem em luzes e cores ou abrirem em amplidões e profundidades que parecem transpor o espaço restrito da página de papel (infelizmente, a maior parte disso se perdeu na recolorização feita para edições mais recentes, como a lançada pela Devir).
Em 1988, Moebius proporcionou aos leitores mais uma viagem fantástica: o álbum Os Jardins de Aedena, visualmente belíssimo e inspirado na espiritualidade oriental. Na mesma época, a Marvel lançou (pelo selo Epic) a coleção Moebius, com as principais obras do artista. A qualidade artística vista ali não se repete, porém, nos últimos capítulos de Incal e na graphic novel do Surfista Prateado (trabalhos voltados ao mercado norte-americano). Paralelamente, nas últimas décadas, Moebius produziu diversas ilustrações, desenvolvendo as paisagens oníricas e as imagens surrealistas que fizeram sua fama (além de pôsteres feitos por encomenda, com personagens da Marvel e DC). Muito ligado a temas esotéricos, o desenhista chegou até mesmo a ilustrar uma edição especial do livro O Alquimista de Paulo Coelho.
As realidades fantásticas, personagens e situações inspiradoras criadas por Moebius logo extrapolaram os limites dos quadrinhos. Influenciando as artes visuais em geral e até mesmo a moda, ainda nos anos 70 o artista francês passou a ser convidado a colaborar em produções cinematográficas. Além de ter influenciado o visual do clássico Blade Runner e trabalhado nos filmes Alien, Tron e O Quinto Elemento, ele desenhou máquinas, roupas e story boards para uma adaptação não realizada do livro Duna. Até mesmo Federico Fellini declarou sua admiração pelas imagens criadas pelo quadrinista, dizendo-se incapaz de reproduzi-las num filme. Moebius também trabalhou e inspirou diversos filmes de animação, como um desenho baseado em Incal e o longa-metragem em homenagem a Little Nemo de Winsor McKay.
Os primeiros trabalhos do iugoslavo Enki Bilal, os quadrinhos que o brasileiro Watson Portela produziu nos anos 80, o mangá Nausicaä de Hayao Miyazaki, elementos de Ronin de Frank Miller e Hellboy de Mike Mignola são apenas alguns exemplos mais evidentes de obras e autores influenciados por Moebius. A partir dos anos 90, HQs desenhadas pelo próprio autor tornaram-se mais raras, destacando-se o álbum Le Monde d'Édena publicado pela Casterman em 1994. Mais recentemente, foram lançados os primeiros volumes de Inside Moebius, trabalho reflexivo e confessional, desenhado em estilo mais caligráfico e “diluído”, no qual o desenhista se encontra (e discute) com seus mais conhecidos personagens, além de uma versão mais jovem de si mesmo.
Pelos trabalhos citados aqui e por muitos outros, Jean Moebius Giraud tornou-se um dos artistas mais originais e influentes da história dos quadrinhos. Um autor cuja importância fundadora talvez só possa ser comparada à de nomes como Jack Kirby, Osamu Tezuka e Hugo Pratt. Para todos nós, fica a fascinação (e a quase incredulidade) diante de imagens que vão muito além do espaço físico do papel. Imagens de mundos fantásticos, sonhos e pesadelos, de voluptuosas mulheres nuas, de heróis improváveis, espaços infinitos e luz. Muito antes das melhores conquistas dos efeitos visuais e da computação gráfica, Moebius produziu com arte e ilusão a mais pura magia visual. Por tudo isso, devemos agradecer e dar nossos parabéns ao genial Jean Giraud - Gir - Moebius!
10 comentários:
Boa review, orgulho-mede ter os seis livros da série Incal (não é fácil encontar todos em Português) e Arzach !
A edição que tenho de Incal Negro e Incal Luz é a original da Meribérica, com as cores verdadeiras (e não a falcificação que outras editoras lançaram mais recentemente). Num comentário para minha postagem sobre Antes do Incal, o amigo Ismael da Espanha forneceu um link bem legal com a comparação de cores das duas edições.
Arzach nunca saiu por aqui, então a edição que tenho é a da Titan Books, muito boa por sinal.
Tenho ainda outras coletâneas de HQs curtas, que serviram de base para meu texto.
Um volume que ainda preciso conseguir é a edição da Meribérica para Jardins de Aedena, que é um trabalho belíssimo.
Abraço!
Uma longa trajetória ainda com muito caminho por percorrer. Felicidades ao Moebius e a Giraud!
Eu aceito sugestões, quase rezo por elas. Seguirei esse ordem de leitura.
Sim, que venham mais trabalhos dele para nos deslumbrar!
Não me esqueço do impacto ao descobrir as HQs de Moebius, há uns vinte anos atrás. Primeiro foi a coletânea O Homem é Bom?, que achei incrível. Depois veio Incal, que me converteu de vez em admirador de Moebius. Então veio Arzach, que até hoje me deixa embasbacado!
Quando li Moebius pela primeira vez naquela minissérie da Globo
tive um choque e desde então me transformei num fã incondicional.
Parabéns pelo resumão; vou procurar o que me falta em língua portuguesa.
Ramon Bacelar
Quando descobri Moebius (provavelmente na edição de O Homem é bom? da L&PM ou em Incal da Meribérica) tive um choque! Era algo absolutamente extraordinário. Muitos dos meus primeiros quadrinhos (que escrevi e desenhei) foram motivados por aquela descoberta. Abraço, Ramon!
Srbek,
A edição de "Major Fatal" da LP&M é a continuação da série Garagem Hermética, publicada pela Globo nos "Mundos Fanstásticos de Moebius" ou é tão somente uma republicação do mesmo material?
Só pra complementar, essa pergunta se deve ao fato de que eu não sei que material a Globo publicou sob o nome "Mundos Fantásticos de Moebius" e a minha intenção é evitar material repetido, senão é melhor procurar importado...
Olá Escobar,
Não, "Mojor Fatal" é a HQ "A Garagem Hermética". A L&PM publicou com esse nome, mas a história inclusive é a mesma que saiu nos Mundos Fantásticos de Moebius (1 e 2, se não me engano), com a diferença de ser colorido ali - mas a cor é tão espalhafatosa que eu acho a edição em P&B, com as fantásticas luzes e espaços desenhados por Moebius, muito melhor que a em cores.
Ah, faltou completar que Mundos Fantásticos de Moebius (3 e 4, se não me engano) traz outras HQs que não têm a ver com "Garagem Hermética", e que valem a pena ter.
Postar um comentário