Quando surgiu em 1992, a proposta da Image Comics era permitir a independência dos autores em relação às grandes editoras (que em geral mantêm controle direto sobre o material produzido e detêm os direitos autorais sobre o que é publicado). Nesse sentido, a nova editora representou uma revolução na indústria dos comics, já que os desenhistas-fundadores tornaram-se donos de suas criações, mantendo os direitos autorais sobre os personagens e recebendo os rendimentos relativos ao uso de suas marcas e imagens.
A possibilidade de independência e manutenção dos direitos sobre suas criações (e é claro alguns milhares de dólares) acabaram atraindo outros autores para a Image. Nomes consagrados, como Alan Moore (V de Vingança, Watchmen), Frank Miller (Ronin, O Cavaleiro das Trevas), Neil Gaiman (Orquídea Negra, The Sandman), Barry Windsor-Smith (Conan, Arma-X) e Chris Claremont (o pai dos mutantes modernos) produziram edições especiais ou séries com os personagens da Image. Outros autores, como Greg Capullo, Jae Lee ou Marc Teixeira (que despontavam na Marvel como novos talentos) também foram parar na nova editora, multiplicando o número de seus títulos e personagens.
Porém, desde o início, a qualidade dos títulos da Image deixou a desejar (há é claro exceções, como a série The Maxx, criada por Sam Kieth). Rob Liefeld nunca foi um grande desenhista, e mesmo em seus trabalhos para a Marvel os erros de anatomia e as falhas na narrativa eram freqüentes. Quanto a Jim Lee e Todd McFarlane, pode-se dizer que a qualidade de seus trabalhos diminuiu sensivelmente (bastando uma rápida comparação entre seus últimos trabalhos para a Marvel e os primeiros números de Wild C.A.Ts. e Spawn). A verdade é que as “imagens” dizem tudo!
O crescimento da editora (chamada por alguns na época de “cooperativa de desenhistas”) levou a uma situação semelhante à da Marvel, em que um grupo de editores comanda a produção de vários desenhistas e roteiristas. A diferença é que, no caso da Image, a grande editora que tudo controla foi substituída por estúdios que tudo comandam. Com isso, o sonho de liberdade e independência, proposto pela Image em sua origem, revelou-se em pouco tempo apenas mais um desdobramento da política editorial que favorece os mais poderosos, apoiando-se na produção de quadrinhos de baixa qualidade e nenhuma originalidade.
A possibilidade de independência e manutenção dos direitos sobre suas criações (e é claro alguns milhares de dólares) acabaram atraindo outros autores para a Image. Nomes consagrados, como Alan Moore (V de Vingança, Watchmen), Frank Miller (Ronin, O Cavaleiro das Trevas), Neil Gaiman (Orquídea Negra, The Sandman), Barry Windsor-Smith (Conan, Arma-X) e Chris Claremont (o pai dos mutantes modernos) produziram edições especiais ou séries com os personagens da Image. Outros autores, como Greg Capullo, Jae Lee ou Marc Teixeira (que despontavam na Marvel como novos talentos) também foram parar na nova editora, multiplicando o número de seus títulos e personagens.
Porém, desde o início, a qualidade dos títulos da Image deixou a desejar (há é claro exceções, como a série The Maxx, criada por Sam Kieth). Rob Liefeld nunca foi um grande desenhista, e mesmo em seus trabalhos para a Marvel os erros de anatomia e as falhas na narrativa eram freqüentes. Quanto a Jim Lee e Todd McFarlane, pode-se dizer que a qualidade de seus trabalhos diminuiu sensivelmente (bastando uma rápida comparação entre seus últimos trabalhos para a Marvel e os primeiros números de Wild C.A.Ts. e Spawn). A verdade é que as “imagens” dizem tudo!
O crescimento da editora (chamada por alguns na época de “cooperativa de desenhistas”) levou a uma situação semelhante à da Marvel, em que um grupo de editores comanda a produção de vários desenhistas e roteiristas. A diferença é que, no caso da Image, a grande editora que tudo controla foi substituída por estúdios que tudo comandam. Com isso, o sonho de liberdade e independência, proposto pela Image em sua origem, revelou-se em pouco tempo apenas mais um desdobramento da política editorial que favorece os mais poderosos, apoiando-se na produção de quadrinhos de baixa qualidade e nenhuma originalidade.
2 comentários:
Wellington, bem legal sua retrospectiva, mas preciso dizer que o último parágrafo está longe do que é a realidade do negócio.
mesmo quando havia essa dominância de sub-estúdios que contratavam gente pra fazer a arte [com o selinho do estúdio na capa, coisa que quase não se vê hoje], o que importa na editora é ainda a primeira frase presente nas submission guidelines: Image Comics only publishes creator-owned material!
todos os títulos - até os mais vendidos - são de propriedade dos criadores. publicar na Image é quase como se auto-publicar com a grana dum tio seu pra bancar a gráfica e distribuidora.
www.hectorlima.com
Olá Hector,
Perceba que meu texto se refere aos primeiros anos da Image e não à situação atual. Devo lhe dizer, assim, que meu texto está muito próximo à realidade de quando McFarlane e os outros chefes de estúdio passaram a produção das revistas para "desenhistas dublês". Recentemente, um amigo me lembrou inclusive que a Image ter assumido a mesma postura das grandes editoras, com relação aos desenhistas, teria motivado o desentendimento entre McFarlane e Dave Sim, criador do personagem Cerebus e roteirista da Spawn n°10.
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