Nos anos 80, os quadrinhos de super-heróis da Marvel e DC passaram por uma das melhores fases de sua história. A influência das HQs européias e japonesas, os trabalhos produzidos pelos autores ingleses e uma maior sofisticação das edições deram origem a uma revolução qualitativa nos comics. Em 1993, alguns dos autores responsáveis por aquele excepcional momento decidiram se juntar para lançar o selo Legend.
A idéia de reunir um grupo de quadrinistas (baseando-se na qualidade de seus trabalhos e objetivando a manutenção dos direitos autorais das HQs e personagens) partiu de Frank Miller e John Byrne. Segundo Miller, esta era uma idéia antiga que voltou à tona em 1992, quando Todd McFarlane, Jim Lee e Rob Liefeld criaram a Image Comics (editora que sacudiu o mercado norte-americano de quadrinhos, abalando a hegemonia da Marvel e DC).
No início da década de 1990, Miller e Byrne estavam envolvidos em projetos lançados pela Dark Horse (editora que se tornara conhecida por lançar quadrinhos autorais e adaptações de filmes para as HQs). Miller havia escrito as minisséries Liberdade (desenhada por Dave Gibbons) e Hard Boiled (ilustrada por Geof Darrow), e estava produzindo a série Sin City. Já Byrne começava a desenvolver a série Next Men (que originalmente havia sido planejada para ser a base do universo Marvel 2099).
Motivados pelos resultados alcançados pela Image, Miller e Byrne resolveram reunir um grupo de quadrinistas, que contava com o talento de Mike Mignola, Dave Gibbons, Arthur Adams, Mike Allred, Paul Chadwick e Geof Darrow. Assim nascia o selo Legend, com o qual as histórias e personagens do grupo seriam publicadas pela Dark Horse, mas permanecendo como propriedade de seus autores. Os variados estilos, a originalidade e a identificação do trabalho com seu autor eram elementos marcantes nas revistas do Legend (algo muito diferente de se ter um bando de desenhistas-dublês que copie o estilo de um autor mais famoso).
Através do selo, Miller passou a publicar as novas histórias com a personagem Martha Washington (desenhadas por Dave Gibbons), as novas minisséries de Sin City, além de lançar a HQ The Big Guy and Rusty (desenhada por Geof Darrow). John Byrne levou para Legend a série Next Men, com seus super-heróis de um mundo sombrio. Paul Chadwick chegou com as HQs de Concreto, um introspectivo personagem dividido pelo desejo de ser um herói e os problemas causados por seu corpo monolítico. Arthur Adams lançou a série Monkeyman and O’Brien, com as histórias de um gorila extradimensional e sua companheira fortona. Mike Allred transferiu para o selo seu personagem Madman, uma estranha mistura do Capitão Marvel com o Monstro de Frankenstein. Mike Mignola trouxe Hellboy, uma série de histórias estreladas por um heróico demônio simiesco.
A experiência do selo Legend não durou muito, mas séries como Sin City e Hellboy frutificaram em várias continuações, mesmo após o selo deixar de ser usado (e se hoje as criações de Miller e Mignola alcançam notoriedade internacional através dos filmes de Hollywood, isso em grande parte se deve à semente lançada em 1993). O fato é que as revistas com o selo Legend não seguiam o padrão de produção industrial dos comics em geral, aproximando-se da forma como os artistas europeus criam suas HQs. Sem se preocupar em criar personagens e histórias para serem transformados em brinquedos ou desenhos animados, os integrantes do grupo Legend mostraram como conciliar interesses editoriais e qualidade artística. E esta é uma lição que não deveria ser esquecida!
A idéia de reunir um grupo de quadrinistas (baseando-se na qualidade de seus trabalhos e objetivando a manutenção dos direitos autorais das HQs e personagens) partiu de Frank Miller e John Byrne. Segundo Miller, esta era uma idéia antiga que voltou à tona em 1992, quando Todd McFarlane, Jim Lee e Rob Liefeld criaram a Image Comics (editora que sacudiu o mercado norte-americano de quadrinhos, abalando a hegemonia da Marvel e DC).
No início da década de 1990, Miller e Byrne estavam envolvidos em projetos lançados pela Dark Horse (editora que se tornara conhecida por lançar quadrinhos autorais e adaptações de filmes para as HQs). Miller havia escrito as minisséries Liberdade (desenhada por Dave Gibbons) e Hard Boiled (ilustrada por Geof Darrow), e estava produzindo a série Sin City. Já Byrne começava a desenvolver a série Next Men (que originalmente havia sido planejada para ser a base do universo Marvel 2099).
Motivados pelos resultados alcançados pela Image, Miller e Byrne resolveram reunir um grupo de quadrinistas, que contava com o talento de Mike Mignola, Dave Gibbons, Arthur Adams, Mike Allred, Paul Chadwick e Geof Darrow. Assim nascia o selo Legend, com o qual as histórias e personagens do grupo seriam publicadas pela Dark Horse, mas permanecendo como propriedade de seus autores. Os variados estilos, a originalidade e a identificação do trabalho com seu autor eram elementos marcantes nas revistas do Legend (algo muito diferente de se ter um bando de desenhistas-dublês que copie o estilo de um autor mais famoso).
Através do selo, Miller passou a publicar as novas histórias com a personagem Martha Washington (desenhadas por Dave Gibbons), as novas minisséries de Sin City, além de lançar a HQ The Big Guy and Rusty (desenhada por Geof Darrow). John Byrne levou para Legend a série Next Men, com seus super-heróis de um mundo sombrio. Paul Chadwick chegou com as HQs de Concreto, um introspectivo personagem dividido pelo desejo de ser um herói e os problemas causados por seu corpo monolítico. Arthur Adams lançou a série Monkeyman and O’Brien, com as histórias de um gorila extradimensional e sua companheira fortona. Mike Allred transferiu para o selo seu personagem Madman, uma estranha mistura do Capitão Marvel com o Monstro de Frankenstein. Mike Mignola trouxe Hellboy, uma série de histórias estreladas por um heróico demônio simiesco.
A experiência do selo Legend não durou muito, mas séries como Sin City e Hellboy frutificaram em várias continuações, mesmo após o selo deixar de ser usado (e se hoje as criações de Miller e Mignola alcançam notoriedade internacional através dos filmes de Hollywood, isso em grande parte se deve à semente lançada em 1993). O fato é que as revistas com o selo Legend não seguiam o padrão de produção industrial dos comics em geral, aproximando-se da forma como os artistas europeus criam suas HQs. Sem se preocupar em criar personagens e histórias para serem transformados em brinquedos ou desenhos animados, os integrantes do grupo Legend mostraram como conciliar interesses editoriais e qualidade artística. E esta é uma lição que não deveria ser esquecida!
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