Segundo Hugo Pratt, o Corto Maltese nasceu na Ilha de Malta, em 1887. Filho de uma cigana e de um marinheiro inglês, o Corto seguiu fielmente sua herança nômade. Da Itália à Somália, passando pela Inglaterra, Brasil e China, este Marco Polo moderno viveu aventuras por todo o mundo. Os álbuns com suas histórias correspondem a um período que vai de 1904 a 1924, durante o qual o herói participou da Guerra da Manchúria e da Primeira Guerra Mundial, tendo encontrado revolucionários irlandeses, piratas do pacífico, índios e cangaceiros.
Porém, em muitas de suas histórias, o Corto Maltese não é o personagem principal, tampouco o herói que salva a mocinha no final. Muitas vezes, a mocinha ou um suposto bandido são os protagonistas, e é o próprio Corto que precisa ser salvo. Sem dúvida, um dos motivos do sucesso dos álbuns do herói cigano é a galeria de personagens que compõem suas histórias: soldados, belas mulheres, feiticeiros, piratas, aventureiros e trapaceiros se encontram em histórias que incluem até o Mago Merlin, a Morte e o Diabo.
Se os roteiros dinâmicos e envolventes remetem à tradição literária de autores como Jack London e Ernest Hemingway, foram as experiências pessoais de Pratt que deram densidade e credibilidade a suas histórias. Com seu grafismo único, o quadrinista reproduzia personagens e paisagens de todo o mundo, sem recorrer aos modelos estereotipados e com a autoridade de quem viu com os próprios olhos, ou de quem tinha o espírito curioso do pesquisador.
Cada aventura do Corto Maltese é um depoimento sobre o mundo. Um depoimento que se faz no expressionismo dos contrastes entre branco e preto, e numa narrativa que se reinventa a cada página. Pratt revelou que o Corto Maltese teria morrido durante a Guerra Civil Espanhola, embora esta aventura final jamais tenha sido desenhada. A identificação entre criador e criatura é inegável: Hugo Pratt foi um verdadeiro “homem do mundo” e seu Corto Maltese o último herói romântico.
Porém, em muitas de suas histórias, o Corto Maltese não é o personagem principal, tampouco o herói que salva a mocinha no final. Muitas vezes, a mocinha ou um suposto bandido são os protagonistas, e é o próprio Corto que precisa ser salvo. Sem dúvida, um dos motivos do sucesso dos álbuns do herói cigano é a galeria de personagens que compõem suas histórias: soldados, belas mulheres, feiticeiros, piratas, aventureiros e trapaceiros se encontram em histórias que incluem até o Mago Merlin, a Morte e o Diabo.
Se os roteiros dinâmicos e envolventes remetem à tradição literária de autores como Jack London e Ernest Hemingway, foram as experiências pessoais de Pratt que deram densidade e credibilidade a suas histórias. Com seu grafismo único, o quadrinista reproduzia personagens e paisagens de todo o mundo, sem recorrer aos modelos estereotipados e com a autoridade de quem viu com os próprios olhos, ou de quem tinha o espírito curioso do pesquisador.
Cada aventura do Corto Maltese é um depoimento sobre o mundo. Um depoimento que se faz no expressionismo dos contrastes entre branco e preto, e numa narrativa que se reinventa a cada página. Pratt revelou que o Corto Maltese teria morrido durante a Guerra Civil Espanhola, embora esta aventura final jamais tenha sido desenhada. A identificação entre criador e criatura é inegável: Hugo Pratt foi um verdadeiro “homem do mundo” e seu Corto Maltese o último herói romântico.
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