06/05/2009

O pior dos X-Men e do Wolverine no cinema.


Aguardado com grande expectativa, X-Men – O Filme tornou-se um sucesso de bilheteria que deu origem à atual onda de produções hollywoodianas com personagens dos quadrinhos. Lançada três anos depois, a continuação X-Men 2 trouxe uma evolução do gênero, tornando-se provavelmente a melhor produção cinematográfica já feita com os heróis Marvel. Com sucesso de público e recursos milionários garantidos, a terceira parte da “trilogia” dos heróis mutantes tinha tudo para ser um fechamento com “chave de ouro”. Contudo, X-Men: O Confronto Final foi uma verdadeira decepção. E como Hollywood não “larga o osso” facilmente, chegou aos cinemas no último dia 30 de abril X-Men Origens: Wolverine, uma coisa tão ruinzinha que nem merece ser chamada de “filme”, mas sim de mero caça-níqueis hollywoodiano (e me fez até alterar novamente minha postagem com a lista das "Piores adaptações cinematográficas do século")!

Lançado em maio de 2006, X-Men: O Confronto Final, ou simplesmente X-Men 3, pôde contar com o mesmo elenco das produções anteriores, mas tinha um desfalque significativo. Não tendo chegado a um acordo com a 20th Century Fox, Bryan Singer assinou um contrato com a Warner Bros. para dirigir o que seria o fiasco chamado Superman Returns (mas essa é outra história...). O que importa é que, sem a mesma concepção e direção dos dois primeiros filmes, a terceira parte da trilogia seria de longe a pior. Há até uma boa sequência “exterminador do futuro” que se passa na Sala do Perigo e uma versão bacana do Fera e da Kitty Pryde, além de terem finalmente acertado no visual da Tempestade. Mas, em termos gerais, o que há de bom pára por aí. Dirigido por Brett Ratner, o longa traz uma história fraca e meio sentimentalóide, sem mostrar nada da elegância e originalidade dos dois primeiros filmes.

Em muitos sentidos, X-Men 3 é o inverso de X-Men – O Filme. Neste, há um fantasioso aparelho capaz de transformar humanos em mutantes; no outro, há uma fantasiosa droga capaz de transformar mutantes em humanos. Enquanto O Filme introduz personagens e cria laços pessoais, O Confronto Final atola em melodramas mutantes, lançando na tela hordas de figuras irrelevantes e estereotipadas. Professor-X e Magneto voltam a se confrontar na terceira parte da trilogia, mas não temos nada do equilíbrio e da força das atuações vistas na primeira parte (até o visual de Wolverine, perfeito no início da trilogia, eles conseguiram atrapalhar com uma perucona esquisita). Enfim, os recursos restritos e efeitos falhos da primeira parte não se repetem na terceira, que nem por isso consegue ser um filme melhor. X-Men 3, enfim, não passa de uma mistura fraquinha de ação, drama e efeitos visuais. Mas o pior ainda estava por vir!

Embora eu me considere uma pessoa até articulada, faltam-me palavras para descrever quão ruim é X-Men Origens: Wolverine. Enquanto roteirista, também fico abismado com o fato de alguém ter recebido muito dinheiro para escrever algo tão fraquinho e cheio de furos. Além disso, em suas quase duas horas, não há sequer um diálogo ou situação que não seja o mais completo lugar-comum (com direito a cenas tiradas de Akira, Superman – O Filme e até da abertura de Os Simpsons). A base para a história foi a dispensável minissérie Origem e o diretor (cujo nome nem perderei tempo procurando) parece só não ter assistido ou lido as coisas certas para fazer um bom filme sobre Wolverine (que seriam no caso X-Men 2 e a HQ Arma-X). Nesse filmeco de ação militarista e situações de mau-gosto, até os efeitos especiais são falhos (na sequência de luta final, Wolverine, Victor e Arma XI parecem bonequinhos de video game).

Em resumo, é lastimável o fato de Bryan Singer ter deixado incompleto seu trabalho na trilogia dos heróis mutantes (pois ele poderia ter avançado em relação ao que havia conseguido com X-Men 2, criando algo realmente memorável para os fãs de quadrinhos). Ainda assim, X-Men: O Confronto Final tem bons efeitos e é um filme assistível. Já X-Men Origens: Wolverine é um caso bem diferente, tratando-se de um lixo cinematográfico que não vale o trabalho de sair de casa e muito menos o preço do ingresso (ainda bem que, para escrever este texto, gastei apenas R$6,00, aproveitando a promoção de terça-feira!). Só resta torcer para que este tenha sido o último filme dos X-Men e do Wolverine, pelo menos pela próxima década (mesmo porque, apesar dos músculos que arrancam suspiros das mocinhas, Hugh Jackman está ficando meio velhinho para interpretar o Wolverine).

34 comentários:

Renata disse...

Primeira de novo... (que novidade...)

Eita!!! Tá, eu achei que o filme poderia ser mais do que é, mas vc detestou mesmo, hein? hehehe

Pelo menos valeu ver a "bela figura" de Hugh Jackman... hohoho

Abraços!!!

//(^_^)\\

Wellington Srbek disse...

Oh, Renata, cá pra nós, o filme é muito ruinzinho! O roteiro é fraquíssimo, a ação chata e exagerada. Não serve nem como entretenimento! Já foi direto para a quarta posição na minha lista das piores adaptações.
Bom, no meu caso a tal "bela figura" não interessa nem um pouco. Se pelo menos a mulher dele tivesse aparecido pelada...
Beijos e vê se não mata aula amanhã, hein! he! he!

Paulo disse...

Realmente... não impressionou

Wellington Srbek disse...

Acho que "não impressionou" foi até um elegio para esse filmeco, Paulo!
Apenas as cenas com os flash backs do Wolverine em X-Men - O Filme e X-Men 2 já são melhores que este filminho inteiro.
Antigamente a gente tinha uma expressão que definiria bem o que X-Men Origens: Wolverine é: "uma tremenda enganação"!
Abraço!

Amalio Damas disse...

Wellington meu filho, provavelmente você terá que falar mal de mais dois filmes, porque como estão sempre atrás dos caminhçoes de dinheiro em Hollywood, já foram anunciadas tanto a continuação de Wolverine (Wolverine 2 - A Missão), quanto de Deadpool (X-men Origens de não-mutantes: Deadpool). Portanto, tente ganhar ingressos para não ter que gastar R$ 12,00 para falar mal dessas possíveis porcarias.

Wellington Srbek disse...

Oh shit! Dessa eu não sabia, Amalio!
Eh, eu gosto muito de escrever para este blog, mas filme da Deadpool eu não vou assistir. Tenho realmente mais o que fazer!
Se haverá um Wolverine 2, pelo menos a Renata e outras mocinhas poderão conferir novamente o Hugh Jackman sem camisa, fazendo pose de Hulk, quero dizer, de Wolverine...
Abraço!

Renata disse...

hahahahahahahaha

que absuuuurdooooo!!!!

hahahahahahaha

(tá vendo? já tô eu aqui fazendo seu blog de msn...)

lóóóóóógico que vou assistir a Woverine 2... tá certo que o ator é uma coooooisa de lindo, reconheço... maaaas, eu adoro o personagem!!! não tem jeito!!! ruim ou não, sou fã de Wolverine... ( ainda bem que ainda pago meia por ser estudante...hohoho)

abraços!!!

e quinta eu vou siiiimmmmmm!!!

//(^_^)\\

Wellington Srbek disse...

Já que é fã do personagem, Renata, não deixe de ler (se não leu ainda) a minissérie Wolverine escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller, e também Arma-X criada por Barry Windsor-Smith. Estão entre as melhores coisas que já foram feitas com ele.
Abraço!

Ben Lima disse...

Concordo em quase tudo com vc , mas tenho de ser um pouco duro nesta afirmação:de X-men-o filme, a "Wolvesquine-as-origens-no- sertão", não há como salvar nenhuma das adatações, foram mal pré-durante-e-pos-produzidas, tem tudo que pode ter de pior em uma so tela! o desrespeito a tudo, caracterização,figurino,atores, talvez, só talvez as unicas coisas a serem relevantes ao longo destas tão pauperrimas cinematografias, é atução de Patrick "shakespereano" Stewart, que é unica em que sua caracterização é melhor e mais eficaz do que a maioria dos desenhistas que puseram o grafite a uso do gene-x, que teimam em desenha-lo mais forte do que o Stallone, a mansão-X, o resto...

Wellington Srbek disse...

Eu realmente acho, Rubens, que X-Men 2 é um ótimo filme, que teve o mérito de "melhorar" o primeiro. Sobre o figurino, acho que o couro preto foi um exagero, mas colantes coloridos teriam ficado muito esquisitos e pouco realistas para um filme. Talvez um meio-termo tivesse funcionado melhor.
Abraço!

Caio Lima disse...

Err, não tem nada haver com o assunto, espero que o senhor leia. Sou um jovem que aspira a ser quadrinista e começou a publicar seus primeiros fanzines.

Direto: O que o senhor acha que um quadrinho bom deve ter?

Wellington Srbek disse...

Olá Caio,
Antes de mais nada, não precisa me chamar de "senhor".
Também respondendo diretamente a sua pergunta, acho que um bom quadrinho deve ter duas características: qualidade e originalidade. Ou seja, ele deve ser bem feito e não deve simplesmente copiar outras coisas que já existam.
Mas esta é uma resposta bem ampla. Assim, se clicar no marcador "quadrinhos" aqui no blog você verá vários textos sobre obras e autores que foram importantes para o desenvolvimento da arte dos quadrinhos. Nestes textos, você encontrará mais informações sobre o que eu considero uma boa HQ.
Grande abraço e sucesso com seus trabalhos!

Márley Tânis Cardoso disse...

Olha, vou dizer: tens razão, o filme de Wolverine poderia ser muito, mas muito melhor... eu que particularmente gostei daquela minissérie de três volumes: Origens, prefiro ler a mesma novamente que assistir outra vez o filme. O personagem Dentes de Sabre não convence nem aqui nem na China... E a balela da história da "mocinha"? Minha nossa...Sinceramente, uma pena.
Abraços

Márley

Wellington Srbek disse...

Márley, a história da mocinha eu só não comentei aqui para não estragar a surpresa (ou decepção) de quem ainda queira cometer o erro de assistir a esse filmeco. Aquilo é um furo de roteiro tão absurdo e uma história tão piegas e lugar-comum que eu fico revoltado de alguém ter recebido para escrever isso e depois alguém ainda ter a coragem de filmar.
Abraço!

Uncle Bob disse...

Realmente um filme de m. ou uma m. de filme???

Até que o Dentes de Sabre foi legal.

Saudações!

Wellington Srbek disse...

Eh, Roberto, fica difícil de escolher...
Mas como Hollywood não se importa realmente com a qualidade dos filmes e sim com a quantidade de dinheiro que eles rendem, após o sucesso de bilheteria na estréia de Wolverine, parece que acabam de confimar X-Men 4. Ai, ai...
Abraço!

QUEIROZ disse...

Só uma correção: Hollywood não, vide a Wanner e a Paramont. E sim a FOX, que criou essa fórmula de filmes que só funcionam na sala de cinema e depois acabou a pipoca, nada resta. Wolverine se explorasse bem as fases da vida do cara, talvez saísse alguma coisa dali. Mas, é o excesso de informação retiradas dos quadrinhos que não valem de nada. Uma coisa é fazer referencia bonita, que nem o Star Trek, outra é um conta gota de ideias. Acho que o The Spirit ainda é o primeiro lugar dos piores, apesar de todas as gostosas do filme, mas para ver gostosa alugo logo um pornô.

Valeu Wellington.

Wellington Srbek disse...

Não sei se entendi bem sua correção, Queiroz, mas de qualquer forma, para mim, tudo ali é Hollywood. Porque acho que foi a Warner que produziu Mulher-Gato, né? Então ela não é muito melhor ou diferente da Fox.
Bom, para mim, Wolverine não funciona nem na sala de cinema, com ou sem pipoca.
Grande abraço!

Fernando Cypriano disse...

Não vi o filme, nem pretendo. Agora, parece que o único que se salva é o Hugh Jackman que, no fim das contas, tem bastante carisma. A mulherada que o diga.
Agora, se você me permite polemizar um pouco, gostaria de incluir na lista das dez piores adaptações de quadrinhos aquelas merdas do Batman dirigidas pelo Tim Burton. Só ganham mesmo dos lixos feitos pelo Joel Schumaker.

Fernando Cypriano disse...

Com relação à sua resposta ao Caio Murdock, Wellington, eu diria que um bom quadrinho precisa ter apenas qualidade. Originalidade é pedir um pouco demais e de resto, como diria o saudoso Chacrinha: "Nada se cria, tudo se copia."

Wellington Srbek disse...

Olá Fernando,
Eu discordo completamente sobre o que você disse a respeito dos filmes do Tim Burton. Batman Returns eu considero um dos melhores filmes de super-heróis já feitos, bem melhor que Batman Begins, por exemplo.
Mas sobre a lista das piores adaptações, não incluí os filmes do Joel Schumaker porque eles são dos anos 90 e a idéia da lista era ficar restrito aos últimos 10 anos. Porque senão havia coisas bem piores que poderíamos incluir, como Spawn, Fantasma, Monstro do Pântano, Capitão América, Homem-Aranha, Superman 3 e 4 - todos filmes dos anos 70 a 90 que foram bem ruinzinhos.
Abraço!

Wellington Srbek disse...

Também discordo da sua segunda observação, Fernando, pois para mim originalidade é indispensável na boa arte. Não adianta ficar só copiando o que outros fizeram, mesmo que você faça com qualidade técnica. É preciso criar algo novo.
Abraço!

Fernando Cypriano disse...

Não concordo. Acho que o conceito de originalidade, enquanto sinônimo de ruptura com o passado, é uma baboseira criada pelas vanguardas artísticas de pricípios do século passado. Como se tal ruptura fosse possível!Cite-me um só exemplo de alguém que tenha criado algo realmente "novo" e "original" a partir do nada, ou seja, que não seja o produto de uma longa cadeia evolutiva. Penso que toda produção humana é produção da humanidade como um todo, é uma constante apropriação, incorporação e aprimoramento de elementos culturais que são transmitidos de geração para geração. Sendo assim, não acredito na idéia de "NOVO" como condição de avaliação estética.

Fernando Cypriano disse...

Além do mais, quadrinho, como fenõmeno de cultura POP que é, produto da indústria cultural, tende à massificação e, consequentemente, à repetição de fórmulas já consagradas. Tudo é business, meu amigo: não me interessa o quanto meu trabalho é bom, mas o quanto estão dispostos a pagar por ele. É hora de desmistificar essa tal de "ARTE". Desde quando Marcel Duchamp expôs um mictório num salão de "ARTE", o mito da originalidade caiu por terra.

Wellington Srbek disse...

Bom, Fernando, o problema é que você fez uma leitura limitada do que falei sobre "originalidade", associando-o diretamente com a idéia de "ruptura com o passado", que não está presente em nenhum momento do meu comentário. Ninguém cria coisa alguma do nada e eu não disse isso também em momento algum. A originalidade de que falo está em apropriar-se e utilizar de forma inédita, nunca antes feita, elementos do repertório cultural e artístico disponível. Está também em inovar na linguagem, empregando recursos de uma maneira que não foi feita antes. Neste sentido, são originais quadrinhos como Monstro do Pântano e Miracleman do Alan Moore, mesmo sendo produtos da indústria cultural.

Wellington Srbek disse...

Sobre a questão do quadrinho como fenômeno da cultura pop ou arte, Fernando, meu livro Um Mundo em Quadrinhos se dedica a analisar esta questão, partindo dos conceitos de "indústria cultural" e "obra de arte na era da reprodutibilidade técnica". E eu pessoalmente não trabalho com nenhum conceito mistificado da "arte". Só não acho que tudo é a mesma coisa; que um quadrinho que simplesmente repete outros tenha o mesmo valor de um quadrinho que propõe temáticas e elementos estéticos completamente novos para esta linguagem. É ainda possível inovar e ser original, mesmo trabalhando dentro da indústria cultural. E isso para mim é um elemento que distingue o que chamo de quadrinho-arte.
Abraço!

Anônimo disse...

Sem dúvida, a indústria cultural tem os seus méritos e deméritos. Também acredito que não foi APESAR dela, mas ATRAVÉS dela - a indústria cutural - que o trabalho de gente como Alan Moore ficou conhecido. Quero dizer é que não existiria Alan Moore sem Eisner, Barks, etc. O que mais faz Alan Moore além de citar o tempo todo as suas fontes e influências? Por outro lado, não me incomoda nem um pouco o fato de existir cinema de entretenimento hollywoodiano. Muitas vezes ele é absolutamente genial, outras tantas absolutamente medíocre.Assiste quem quer.

Wellington Srbek disse...

Concordo com tudo que disse, Anônimo. E é claro que existem filmes bons que são apenas para entretenimento, mas também filmes de entretenimento, como Wolverine, que são tão ruins que nem merecem ser assistidos. Uma função da crítica é fornecer elementos para as pessoas decidirem o que vale ou não ler e asistir. Mas a decisão é de cada um, obviamente.
Só lamento que não tenha se identificado, Anônimo.

Fernando Cypriano disse...

Desculpe não ter me identificado Wellington. O Anônimo aí de cima sou eu mesmo. É que me esqueci de colocar o nome.

Fernando Cypriano disse...

Continuando, acho que este é o desafio hoje em dia - ser capaz de se arriscar na sua arte e ao mesmo tempo colocá-la ao alcance do público. O problema do mercado é que, na grande maioria das vezes, o que é oferecido é MAIS DO MESMO, já que este MESMO é comprovadamente lucrativo. Sinceramente, tenho achado cada vez mais difícil encontrar um filme para assistir ou um quadrinho para ler que não provoque a sensação de que aquilo tudo é uma coisa VELHA reciclada e vendida como NOVA.

Wellington Srbek disse...

Haha! Valeu então, Fernando, ex-anônimo!

Wellington Srbek disse...

Mas aí concordamos em tudo! Porque também acho que o desafio para os criadores hoje é produzir algo que seja bom e original, em meio ao mar de mesmice predominante. A estratégia das editoras é realmente explorar os modelos de sucesso até que se esgotem completamente e sejam substituídos por um novo modismo mercadológico. A própria Vertigo, que nasceu como um selo alternativo e bastante criativo, acabou se tornando uma marca registrada e estereotipada para se fazer "quadrinhos adultos".
Mas acho mesmo que ainda é possível fazer algo original. É pelo menos o que tento fazer em meus próprios quadrinhos.
Grande abraço!

Fernando Cypriano disse...

Acho que este debate todo é muito interessante e pretendo ler seu livro "Um mundo em quadrinhos". Provavelmente, encontro na Leitura, não?
Recentemente, assisti a "Indiana Jones e o reino da caveira de cristal" e fiquei triste ao constatar que a franquia estava esgotada. Contudo, não podemos deixar de reconhecer que o Spielberg e Lucas criaram algo memorável reaproveitando elementos estéticos que remetem a seriados de aventuras, quadrinhos à Carl Barks etc. Por isso acredito que o mundo cultural vive ciclos e talvez, quando algo aparentemente sem paralelos está sendo criado, trata-se apenas de um retorno da cultura sobre si mesma. Nietzsche disse algo sobre a verdadeira forma do tempo ser circular; às vezes tenho a impressão de que o tempo em que tudo estava para ser feito já passou - talvez estejamos fazendo o caminho de volta às origens (talvez devêssemos mesmo fazê-lo). Lembra-se daquele papo todo sobre os anos 80?
Grande abraço pra você também.

Wellington Srbek disse...

Pois é, até os anos 80, até mesmo os filmes de entretenimento (Indiana Jones, De Volta para o Futuro, Guerra nas Estrelas...) tinham qualidade e se tornavam meio que clássicos. Hoje... Este último Indiana Jones, como os dois últimos Matrix, como os dois últimos Piratas do Caribe jamais deveriam ter sido feitos.