Conheci Cleuber e o Arroz Integral há dez anos, numa convenção de quadrinhos em Belo Horizonte (MG). Na época, o movimento quadrinístico na cidade passava por sua melhor fase, com autores e publicações surgindo a cada dia. No meio de muita novidade, pastas, portifólios e originais, os desenhos aparentemente mal-acabados das primeiras tiras do Arroz Integral chamaram minha atenção.
Fiel à irreverência e à sinceridade que seriam as bases do underground e do grunge, Cleuber passou a desenhar exclusivamente o Arroz Integral. Nos anos seguintes, ele lançou fanzines, estabeleceu um estilo, reinventou esse estilo, explorou ao máximo o pequeno universo das bandas iniciantes. Com isso, a cada tira e nas HQs de página inteira, ele desenvolveu (quase intencionalmente) uma série original, inteligente e engraçada.
Misturando dilemas e sonhos juvenis, a série Arroz Integral pode ser resumida numa palavra: “nostalgia”. Não exatamente o sentimento definido nos dicionários, mas um certo estado de espírito então cultivado por Cleuber, como sendo: “aquela mesma velha nostalgia de sempre”. Essa característica é percebida em seus melancólicos personagens, que tentam manter a identidade, ao mesmo tempo em que buscam um lugar no mundo do rock.
As aventuras de Crof, Nico e Berly simbolizam uma esperança teimosa: a persistência em produzir quadrinhos no Brasil (sem apoio, nem recursos). E assim, contra todas as probabilidades, Cleuber seguiu retratando novos acontecimentos e revelando faces surpreendentes dos meninos do Arroz Integral. Com o tempo, sua proposta criativa também amadureceu, gerando histórias mais críticas e bem-estruturadas e desenhos mais elaborados e cativantes.
Pela amizade com o autor e por acreditar no trabalho, em 2002 editei e lancei a revistinha O Melhor do Arroz Integral e no ano seguinte O Lado B do Arroz Integral. Com fãs espalhados pelo Brasil, as pequenas edições não demoraram muito a desaparecer. Contudo, devido à impossibilidade de se dedicar profissionalmente aos quadrinhos, Cleuber acabou deixando de lado as tirinhas, HQs.
Para os fãs de Cleuber e do Arroz Integral, os últimos cinco anos sem seus ruídos e rabiscos foram de um silêncio ensurdecedor. Para aqueles que ainda não conhecem as tiras e HQs de Nico, Crof e Berly, restam alguns exemplares disponíveis na loja virtual da Marca de Fantasia. Por hora, fica a torcida para que Cleuber retorne aos quadrinhos e possa lançar novos “discos quadrados” com o Arroz Integral.
Fiel à irreverência e à sinceridade que seriam as bases do underground e do grunge, Cleuber passou a desenhar exclusivamente o Arroz Integral. Nos anos seguintes, ele lançou fanzines, estabeleceu um estilo, reinventou esse estilo, explorou ao máximo o pequeno universo das bandas iniciantes. Com isso, a cada tira e nas HQs de página inteira, ele desenvolveu (quase intencionalmente) uma série original, inteligente e engraçada.
Misturando dilemas e sonhos juvenis, a série Arroz Integral pode ser resumida numa palavra: “nostalgia”. Não exatamente o sentimento definido nos dicionários, mas um certo estado de espírito então cultivado por Cleuber, como sendo: “aquela mesma velha nostalgia de sempre”. Essa característica é percebida em seus melancólicos personagens, que tentam manter a identidade, ao mesmo tempo em que buscam um lugar no mundo do rock.
As aventuras de Crof, Nico e Berly simbolizam uma esperança teimosa: a persistência em produzir quadrinhos no Brasil (sem apoio, nem recursos). E assim, contra todas as probabilidades, Cleuber seguiu retratando novos acontecimentos e revelando faces surpreendentes dos meninos do Arroz Integral. Com o tempo, sua proposta criativa também amadureceu, gerando histórias mais críticas e bem-estruturadas e desenhos mais elaborados e cativantes.
Pela amizade com o autor e por acreditar no trabalho, em 2002 editei e lancei a revistinha O Melhor do Arroz Integral e no ano seguinte O Lado B do Arroz Integral. Com fãs espalhados pelo Brasil, as pequenas edições não demoraram muito a desaparecer. Contudo, devido à impossibilidade de se dedicar profissionalmente aos quadrinhos, Cleuber acabou deixando de lado as tirinhas, HQs.
Para os fãs de Cleuber e do Arroz Integral, os últimos cinco anos sem seus ruídos e rabiscos foram de um silêncio ensurdecedor. Para aqueles que ainda não conhecem as tiras e HQs de Nico, Crof e Berly, restam alguns exemplares disponíveis na loja virtual da Marca de Fantasia. Por hora, fica a torcida para que Cleuber retorne aos quadrinhos e possa lançar novos “discos quadrados” com o Arroz Integral.
10 comentários:
Oi Wellington,
Eu também sou fã desses caras do Arroz Integral. Pena que o Cleuber tenha parado de lançar seus "discos quadrados". Vamos ficar na torcida de novos sucessos do trio!
Beijos,
Renata
Estou de dedos cruzados aqui, Rê!
Beijão!
É uma pena mesmo... O Cleuber é um cara super talentoso e torço para que volte com as tirinhas. Torço também para que você, Wellington, retome os desenhos que publicava no início da carreira. Eram desenhos muito legais e acho que muitos roteiros poderiam ser desenvolvidos com seus desenhos. Vai aí uma sugestão, que pode ser interpretada também, como uma mardição malígna: Que tal desenvolver para o blog histórias de uma página COM DESENHO SEU...
Uma "histórinha" por semana, em 8 meses, já seria material suficiente para uma nova publicação no bom e velho papel. Quem gostou da idéia levante a mão...
Apoiado, Cleber!!!!!!!!!!
Um grande abraço,
Renata
Eh, quem sabe um dia, Cleber e Renata... Por hora, estou é tentando conciliar as atualizações do Mais Quadrinhos, com a luta pela sobrevivência. Não está sobrando tempo nem pra namorar!!! Abraços!
Já que falamos nos meus quadrinhos, o amigo Ismael da Espanha fez uma inspirada resenha para QUANTUM, que vale muito conferir: http://huesodeaceitunayreductoresdecabezas.blogspot.com/2008/06/quantum-y-el-anillo-del-ser.html
!Saludos!
Que que tu tá fazendo de 00:00 até as 6:00 da manhã caboclo? Não fuja das responsabilidades, minino... Um bracim procê também, Renata.
Muy amigo...
Abraço, Cleber!
Grande Srbek !
Não sei se você viu, mas naquele jornal Super de hoje saiu uma tirinha do Arroz Integral, sera uma volta ? Esperemos que sim !
Abraços !
Grande Marcus!
Por coincidência, o Cleuber me ligou hoje para falar da tirinha que saiu no jornal. Ele ainda não tinha visto minha postagem, então espero que tudo sirva de incentivo para ele voltar a desenhar HQs e tiras novas do Arroz.
Mas esse comentário seu também foi uma volta, não é? Pois você andava sumido, Gafanhoto! E os desenhos?
Grande abraço!
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