Em todo o mundo, o desenvolvimento dos quadrinhos esteve ligado ao estabelecimento de uma sociedade industrializada. No final do século 19, após a Revolução Meiji, o Japão começou a se industrializar, seguindo a estratégia do "copiá-los para superá-los". A política nipônica era introduzir os avanços tecnológicos e o sistema de produção europeu e norte-americano adaptando-os à realidade local, para em seguida competir no mercado internacional. Com isso, em poucos anos “o país do sol nascente” tornou-se um dos mais industrializados do mundo. Contudo, ainda na primeira metade do século 20, o estado japonês assumiu uma postura expansionista, que levaria ao desastre da Segunda Guerra Mundial.
Após décadas de reconstrução econômica e investimentos na Educação, um novo Japão pacifista e voltado para si mesmo tornou-se, de fato, um dos países mais desenvolvidos do mundo. Nesse contexto, surgiu a maior indústria de quadrinhos do planeta, que logo assumiu os contornos de uma importante instituição cultural, com publicações específicas para ambos os sexos e todas as faixas etárias. Estabeleceu-se então que os volumosos mangás, publicados semanalmente, trariam uma grande variedade de temas, desde aventuras épicas ou futuristas, passando por histórias eróticas ou românticas, até HQs humorísticas ou esportivas. E a receita para mover uma indústria de proporções gigantescas e tiragens astronômicas foi estabelecer uma produção em massa, na qual predominam os padrões mais aceitos pelos leitores.
Mas, embora tenha originado obras-primas, como a série Lobo Solitário de Kazuo Koike e Goseki Kojima, grande parte da produção japonesa deixa a muito a desejar, não passando de subprodutos do trabalho de artistas fundadores, como Osamu Tezuka. O fato, porém, é que a base do sucesso dos mangás está numa produção realizada por autores nacionais, voltada ao público nacional. Uma postura, aliás, que deveria servir de exemplo para editores em todo o mundo, e especialmente no Brasil. Com o grande sucesso editorial, muitos mangás acabaram originando filmes e séries de animação, a começar pelo anime em preto e branco Tetsuwan Atomu, lançado por Osamu Tezuka em 1963. Os desenhos animados japoneses ficaram marcados por seus roteiros cheios de ação e suas histórias envolventes, consagrando também as expressões exageradas, bocas escancaradas, caretas e olhos arregalados do estilo nipônico.
Muitas vezes financeiramente mais bem-sucedidos que seus originais impressos, os animes tornaram-se uma indústria milionária, muito ligada aos brinquedos e video games. Voltadas ao público jovem, as produções nipônicas mais comerciais, com suas sequências dinâmicas e estética inovadora, acabaram conquistando boa parte do mercado mundial. Por outro lado, o sucesso mercadológico possibilitou também que produções de alta qualidade chegassem ao público. Este é o caso, por exemplo, dos filmes de animação produzidos pelo veterano do desenho Hayao Miyazaki. Com técnica impecável e boas histórias, longas-metragens como Meu Amigo Totoro, A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado elevaram as animações dos grandes estúdios a um novo patamar artístico.
A partir dos anos 90, com o sucesso de Akira de Katsuhiro Otomo, os mangás e animes chegaram de vez ao Ocidente. Porém, enquanto nos Estados Unidos esse processo foi limitado por um mercado excludente e por editoras e produtoras fortemente firmadas, na Europa a entrada das HQs e desenhos japoneses teve um impacto muito negativo sobre a produção local. Já no Brasil, onde a produção nacional de quadrinhos e animações jamais se desenvolveu industrialmente, os mangás e animes foram um fenômeno mercadológico nos últimos dez anos. Infelizmente, em muitos casos, as produções japonesas só vêm somar baixa qualidade a um mercado já saturado por padrões estrangeiros. Entretanto, gostemos deles ou não, os robôs, monstros e naves espaciais japoneses chegaram com força total, promovendo uma verdadeira invasão pacífica do Ocidente.
Após décadas de reconstrução econômica e investimentos na Educação, um novo Japão pacifista e voltado para si mesmo tornou-se, de fato, um dos países mais desenvolvidos do mundo. Nesse contexto, surgiu a maior indústria de quadrinhos do planeta, que logo assumiu os contornos de uma importante instituição cultural, com publicações específicas para ambos os sexos e todas as faixas etárias. Estabeleceu-se então que os volumosos mangás, publicados semanalmente, trariam uma grande variedade de temas, desde aventuras épicas ou futuristas, passando por histórias eróticas ou românticas, até HQs humorísticas ou esportivas. E a receita para mover uma indústria de proporções gigantescas e tiragens astronômicas foi estabelecer uma produção em massa, na qual predominam os padrões mais aceitos pelos leitores.
Mas, embora tenha originado obras-primas, como a série Lobo Solitário de Kazuo Koike e Goseki Kojima, grande parte da produção japonesa deixa a muito a desejar, não passando de subprodutos do trabalho de artistas fundadores, como Osamu Tezuka. O fato, porém, é que a base do sucesso dos mangás está numa produção realizada por autores nacionais, voltada ao público nacional. Uma postura, aliás, que deveria servir de exemplo para editores em todo o mundo, e especialmente no Brasil. Com o grande sucesso editorial, muitos mangás acabaram originando filmes e séries de animação, a começar pelo anime em preto e branco Tetsuwan Atomu, lançado por Osamu Tezuka em 1963. Os desenhos animados japoneses ficaram marcados por seus roteiros cheios de ação e suas histórias envolventes, consagrando também as expressões exageradas, bocas escancaradas, caretas e olhos arregalados do estilo nipônico.
Muitas vezes financeiramente mais bem-sucedidos que seus originais impressos, os animes tornaram-se uma indústria milionária, muito ligada aos brinquedos e video games. Voltadas ao público jovem, as produções nipônicas mais comerciais, com suas sequências dinâmicas e estética inovadora, acabaram conquistando boa parte do mercado mundial. Por outro lado, o sucesso mercadológico possibilitou também que produções de alta qualidade chegassem ao público. Este é o caso, por exemplo, dos filmes de animação produzidos pelo veterano do desenho Hayao Miyazaki. Com técnica impecável e boas histórias, longas-metragens como Meu Amigo Totoro, A Viagem de Chihiro e O Castelo Animado elevaram as animações dos grandes estúdios a um novo patamar artístico.
A partir dos anos 90, com o sucesso de Akira de Katsuhiro Otomo, os mangás e animes chegaram de vez ao Ocidente. Porém, enquanto nos Estados Unidos esse processo foi limitado por um mercado excludente e por editoras e produtoras fortemente firmadas, na Europa a entrada das HQs e desenhos japoneses teve um impacto muito negativo sobre a produção local. Já no Brasil, onde a produção nacional de quadrinhos e animações jamais se desenvolveu industrialmente, os mangás e animes foram um fenômeno mercadológico nos últimos dez anos. Infelizmente, em muitos casos, as produções japonesas só vêm somar baixa qualidade a um mercado já saturado por padrões estrangeiros. Entretanto, gostemos deles ou não, os robôs, monstros e naves espaciais japoneses chegaram com força total, promovendo uma verdadeira invasão pacífica do Ocidente.
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