Quadrinhos para quem gosta de quadrinhos!

O motivo desta postagem é compartilhar com vocês uma resenha interessantíssima dos álbuns Ciranda Coraci e O Senhor das Histórias, escrita pelo amigo Ismael Marfull, lá das terras de España (aliás, por total coincidência, a página dupla que ele escolheu para ilustrar sua postagem, e eu reproduzo acima, é justamente uma de minhas preferidas nos álbuns):

http://huesodeaceitunayreductoresdecabezas.blogspot.com.es/2012/03/titulo-ciranda-coraci.html

Ismael já escreveu sobre outros quadrinhos meus (como Solar, Quantum e Apócripha), sempre revelando novas dimensões e portas de leitura para os trabalhos. Desta vez não foi diferente, em sua análise destes quadrinhos (também) para crianças, produzidos por mim em parceria com o Will. Por vezes, Ismael escreve em português, mas esta resenha foi em sua língua materna. E foi interessante ler, num texto em outra língua, algo que algumas pessoas que escreveram sobre esses álbuns no Brasil não souberam (ou não quiseram) enxergar:

“Solo soy capaz de decir con seguridad que el que crea que estos dos tebeos han sido realizados como un encargo artificial con el que entrar en competencia al Plan Nacional de Bibliotecas Escolares (PNBE) se equivoca.”

E é isso mesmo: estes álbuns NÃO foram feitos como produtos artificiais para se vender para escolas. Eles foram, sim, uma demanda da editora; mas foram produzidos como criações autoriais, e o resultado são quadrinhos feitos para quem gosta de quadrinhos! E é justamente por sua qualidade autoral que Ciranda Coraci e O Senhor das Histórias  têm sido selecionados por prefeituras e institutos culturais. 

Claro que, com esta postagem, não vou convencer a quem sempre olha com preconceito para os quadrinhos brasileiros. Mas o que importa para mim, e creio que para o Will também, é que quem está lendo as HQs está gostando, e os álbuns estão chegando a cada vez mais leitores. Especialmente num seguimento do público com poucas opções de qualidade no mercado de quadrinhos: as crianças!

No mais, obrigado, Ismael! E vamos em frente, pois há muito ainda a ser feito...