30/09/2008

Pondo ordem na casa da Pixel.


Surgida em 2006 de uma associação entre a Ediouro e a Futuro Comunicação, a Pixel Media chegou com a proposta de publicar HQs de qualidade a preços mais acessíveis. Surpreendendo inicialmente com ótimos lançamentos (como os álbuns da série Corto Maltese de Hugo Pratt e o inédito Curupira de Flavio Colin), a editora estabeleceu-se em 2007 com um contrato de exclusividade para as linhas Wildstorm, ABC e Vertigo (que originou a excelente Pixel Magazine). Este ano, porém, a baixa vendagem de algumas edições gerou problemas financeiros que parecem ter levado ao fim da parceria entre a Ediouro e a Futuro. Com isso, a editora passou por um período de reestruturação administrativa e tem buscado novas estratégias e alternativas editoriais, que parecem dar agora seus primeiros resultados.

Ganhadora do HQ MIX de Melhor Editora de 2007, a Pixel teve que reduzir drasticamente seu volume de publicações neste semestre. Nos dois últimos meses, boa parte de suas edições foram encadernados de minisséries lançadas anteriormente (Fábulas: 1001 Noites, Wild C.A.T.s: Círculo Vicioso, Ex Machina: Símbolo). Com os problemas enfrentados, alguns lançamentos anunciados foram cancelados ou adiados (como o segundo volume de Monstro do Pântano, o relançamento de Homem Animal ou as edições mensais de 100 Balas) e algumas histórias ficaram pela metade, sem ainda a definição de sua continuação (como Authority: Choque de Realidades e Emmanuelle, lançadas em junho). Outro efeito do momento de “vacas magras” foi o abandono da publicação de quadrinhos brasileiros (que talvez seja retomada por outra empresa do grupo Ediouro).

No entanto, ao que parece, a reestruturação administrativa e a comercialização dos encadernados de revistas não-vendidas podem estar fazendo efeito. Para quem aguardava ansiosamente, a editora está levando às lojas o primeiro volume de sua reedição da série Sandman de Neil Gaiman (que chegará em formato reduzido, dezessete edições trimestrais e três especiais). Para o mês de outubro, além das edições de Pixel Magazine, Fábulas Pixel e Spawn, o editor-chefe Cassius Medauar anunciou no blog da Pixel a publicação da coletânea Hellblazer: Hábitos Perigosos (uma das histórias mais conhecidas de John Constantine, que forneceu elementos para o roteiro do filme de Hollywood) e também do encadernado Preacher: Memórias (com os três números dessa minissérie reunidos). Se não é a pujança dos primeiros meses deste ano, felizmente já é o sinal da retomada de uma linha editorial.

Enquanto os lançamentos de outubro não vêm, os leitores têm à disposição nas bancas mais um número da Pixel Magazine e a volta da Spawn (após alguns meses na geladeira à espera da assinatura de um novo contrato). Completando um ano e meio de circulação, a Pixel Magazine (96 páginas, R$10,90) chega com uma nova história de Frequência Global, a conclusão de DMZ: Corpo de Jornalista, o começo de uma nova história de Hellblazer e o terceiro capítulo de Y – O último homem (de longe a HQ mais interessante deste número 18). Já Spawn n°176 (28 páginas, R$5,90) traz a primeira parte de “O monstro na bolha”, história de terror com “arte pintada” e um monstro que parece saído do filme O enigma que veio do espaço de John Carpenter ou de um conto que H. P. Lovecraft.

22/09/2008

Pixel lança mais três encadernados.


Quem colecionava quadrinhos na segunda metade dos anos 80 deve se lembrar dos encadernados da Abril. Eram coletâneas feitas a partir do encalhe das minisséries de luxo da editora (como Cavaleiro das Trevas, Ronin e Elektra Assassina). Basicamente tirava-se a capa das revistas, agrupava-as na ordem numérica, refilava-se as beiradas, colava tudo numa nova capa cartonada e pronto: um livrinho com a minissérie completa chegava às bancas. Nos últimos meses, uma estratégia semelhante tem sido adotada pela Pixel, com suas minisséries que não alcançaram a vendagem desejada. Os lançamentos mais recentes da editora nessa linha são os encadernados Fábulas: 1001 Noites – Completo, Ex Machina: Símbolo – Completo e Wild C.AT.s: Círculo Vicioso – Completo.

Sem dúvida, por sua qualidade técnica e diversidade estilística, a melhor das três reedições é Fábulas: 1001 Noites. Escrita pelo criador da série original, Bill Willingham (no rastro de Sandman: Ramadan de Neil Gaiman), a HQ especial conta com excelentes ilustradores, como os consagrados John Bolton, Michael Kaluta, Charles Vess, Brian Bolland, Mark Buckingham e Jill Thompson, além dos talentosos James Jean, Tara McPherson, Esao Andrews, Derek Kirk Kim e Mark Wheatley. Em grande parte feita com “arte pintada” (recurso que colabora para seu clima literário e mitológico), essa edição especial mergulha do passado das fábulas, revelando importantes fatos de suas biografias.

Como o nome sugere, esse volume de Fábulas guarda semelhanças com o clássico da literatura árabe. Neste caso, porém, quem conta as histórias para o sultão, ao longo de 1001 noites, é Branca de Neve (principal protagonista da série criada por Willingham). Numa viagem diplomática a uma Arábia fabulosa, a personagem acaba envolvida em questões palacianas e, para manter a cabeça colada ao pescoço, passa a contar histórias. É assim que ficamos conhecendo, por exemplo, as interessantes origens do Lobo Mau e da Bruxa (da história de Joãozinho e Maria), bem como o destino dos Sete Anões e fatos envolvendo o malfadado casamento de Branca de Neve e Príncipe Encantado.

A parte “árabe” da HQ funciona como uma narrativa de moldura que envolve as demais histórias. Tal recurso, no entanto, poderia ter sido um pouco melhor explorado, ficando aquém de alguns dos contos que são narrados em meio a ele. Outro fator negativo é de ordem cultural, pois o artifício proposto pelo roteirista acaba revelando contornos etnocêntricos, uma vez que Branca de Neve não só toma o lugar de Sherazade (a protagonista das 1001 Noites original), mas também, ao final, seria quem lhe ensina a estratégia de sobrevivência. Essa implicação pode passar despercebida, mas não deixa de ser uma espécie de colonialismo cultural, feito sobre uma das principais figuras ficcionais do mundo árabe.

Ex-Machina: Símbolo reúne as edições 6 a 10 da série lançada em 2004 pela Wildstorm, criada por Brian K. Vaughan (roteirista de Y – O último homem) e Tony Harris (desenhista de Starman). O protagonista é Michell Hundred, a “Grande Máquina”, o primeiro super-herói que surge num mundo contemporâneo semelhante ao nosso. Sua condição de único super-herói existente e a fama envolvida o levam a se tornar prefeito de Nova York, mas seu passado aventureiro não deixa de fazer parte de sua vida. Relações políticas, estranhos crimes e dramas pessoais dão forma a essa edição (que continua a história iniciada na coletânea lançada pela Panini).

Por sua vez, Wild C.AT.s: Círculo Vicioso reúne seis edições da popular série criada por Jim Lee, com HQs escritas por Scott Lobdell e desenhadas por Travis Charest (e algumas participações especiais, como uma história curta escrita por Alan Moore). Prometendo um recomeço para o grupo da Wildstorm, esse volume traz a ação, violência e mistura de super-heróis, alienígenas e ficção científica que fizeram o sucesso dos Wild C.A.T.s nos anos 90. Por isso mesmo, o melhor fica por conta dos desenhos dinâmicos e detalhados de Travis Charest (embora a pequena sequência desenhada por Jim Lee não deixe muito a desejar).

Nova oportunidade para quem perdeu as edições em separado, Fábulas: 1001 Noites – Completo (144 páginas, R$18,90), Ex Machina: Símbolo – Completo (148 páginas, R$17,90) e Wild C.AT.s: Círculo Vicioso – Completo (176 páginas, R$17,90) já estão à venda em lojas de todo o país.

15/09/2008

El tebeo que vino de España.


Uma coisa bem bacana é receber em casa um pacote recheado de quadrinhos. Para minha alegria, algo assim aconteceu dias atrás, com o patrocínio do amigo Ismael, lá das terras de España. Foi a segunda troca que fizemos: vão daqui álbuns e quadrinhos meus, vêm de lá clássicos e novidades dos tebeos (um dos nomes pelos quais os quadrinhos são conhecidos por lá). Entre as edições que Ismael me enviou desta vez, está El hombre que vino del cielo, obra de Infame & Co. (pseudônimo pelo qual o autor se identifica) publicada num formato quadrado (21cm x 21cm), com capa cartonada em cores e 64 páginas de miolo em P&B.

El hombre que vino del cielo narra a história de Yuri, um astronauta que retorna à Terra após passar dois anos no espaço. Cidadão de uma nação fictícia chamada União dos Estados, em seu retorno o jovem viajante encontra uma realidade bem diferente daquela que ele conhecia. Crises e disputas internas levaram à separação dos sete estados principais (Superbia, Avaritia, Luxuria, Invidia, Eira, Gula, Perezia) que formavam seu país. Sendo levado ao sabor dos acontecimentos e na companhia de seu novo amigo Panzet, Yuri tem que lidar com um tumultuado presente, enquanto busca refúgio em boas lembranças do passado, iniciando uma jornada para reencontrar seu grande amor, Ada.

Não é difícil notar que toda a situação envolvendo o colapso político da fictícia União dos Estados é uma analogia ao desmantelamento da União Soviética, no início dos anos 90. Mas a sátira histórica ganha dimensão de alegoria existencial quando notamos que os nomes dos estados capitales que formavam o fictício país são na verdade referências aos sete pecados capitais (soberba, avareza, luxúria, inveja, ira, gula, preguiça). Completam essa impressão o texto (não raras vezes poético) e as imagens concisas e expressivas em estilo cartunístico. Embora em alguns momentos o desenho pareça um pouco descuidado, no geral, o álbum de Infame & Co. agrada por seu tom autoral.

Certamente, contribuem muito para o sucesso da obra as boas aplicações de retículas e meios-tons, além de diagramações de página inventivas e sequências narrativas quase sempre na medida certa. Um recurso recorrente nessa HQ é a utilização de páginas que trazem uma só imagem fracionada em nove quadros do mesmo tamanho. Esse recurso estético produz um efeito de mosaico que implica em diferentes formas de se apreender a mesma página. Destaca-se aí a primeira sequência em que vemos o astronauta após sua queda do espaço e também uma página que mostra os trabalhadores de uma mina (que na verdade parece ter sido desenhada a partir de uma cena de Serra Pelada).

Embora não se possa “julgar um livro pela capa”, escolhi El hombre que vino del cielo pela ilustração de sua capa e posso dizer que, neste caso, minha escolha foi acertada. O primeiro álbum do espanhol Infame & Co. tem os melhores elementos de um quadrinho autoral, com direto a algumas idéias inventivas e desenhos interessantes. Uma HQ sensível que nos lembra que aquilo que chamamos de lar pode não ser um lugar específico, mas sim onde reside nosso coração (êta, como eu ando sentimental ultimamente!). A bem-cuidada e relativamente simples publicação da editora Astiberri pode também servir de exemplo para os editores brasileiros, tão relapsos em valorizar os autores nacionais (diferentemente de seus colegas espanhóis).

10/09/2008

O novo (bom) filme de Hellboy.


Pode parecer difícil de acreditar, meninos e meninas, mas houve um tempo em que filmes baseados em personagens dos quadrinhos eram algo raro de se ver (o lançamento de Batman - O Filme, por exemplo, foi um acontecimento realmente único e especial para os fãs do Homem-Morcego). Nos últimos tempos, porém, quase toda semana temos um novo filme inspirado em HQs. O resultado disso é o fato de que nem todas as produções alcançam a mesma qualidade (como a dos filmes X-Men 2, O Cavaleiro das Trevas e From Hell), chegando a gerar verdadeiros fiascos (como Hulk, Demolidor e A Liga Extraordinária) que não valem uma ida na esquina. Este certamente não é o caso de Hellboy II: O Exército Dourado, o novo e bom filme de Guillermo del Toro, co-escrito por Mike Mignola e estrelado por Ron Perlman.

Arrumei um tempinho hoje e, dando prosseguimento à minha carreira de cinéfilo solitário (pois só eu mesmo para ir ao cinema em plena quarta-feira à tarde), fui conferir o segundo longa com o personagem de Mike Mignola. O filme, é claro, não é uma obra-prima da cinematografia internacional. Mas, como entretenimento e transposição de um personagem dos quadrinhos para a telona, Hellboy II não decepciona em nada e tem até uns momentos de brilhantismo (a morte do elemental gigante chega a ser poética, mas não vou dar detalhes para não estragar a graça de quem ainda não assistiu).

O fato é que, passados quatro anos desde a primeira adaptação e após realizar O Labirinto do Fauno, Guillermo del Toro demonstra ter amadurecido em seu ofício. Toda a produção é muito bem cuidada, com uma riqueza de detalhes e um sentido de conjunto que realmente transportam o expectador para dentro da história. Se as caracterizações de Hellboy e Abe Sapiens continuam simplesmente perfeitas, as demais criaturas e monstros parecem mais verossímeis e desenvoltas (nada dos demônios de roupa de borracha do primeiro filme ou da corridinha flutuante ridícula de Hellboy na sequência da ponte que desaba).

Desta vez, o roteiro do filme não se baseia predominantemente num dos álbuns de Mignola, trazendo um ou outro elemento de suas HQs. Além disso, o terror é substituído pela fantasia, pois as criaturas cósmicas saídas da literatura de H. P. Lovecraft dão lugar a elfos, fadas e ogros inspirados pelos livros de J. R. R. Tolkein (atualmente, del Toro está até envolvido na adaptação de O Hobbit). Para completar, há algumas citações cinematográficas (como uma sequência de A Noiva de Frankenstein de James Whale) e elementos inspirados por outros filmes (como as figuras que parecem saídas do bar intergaláctico de Guerra nas Estrelas, no qual Luke Skywalker e Obi-Wan Kenobi encontram Han Solo).

No geral, a história não é das mais originais, tampouco muito complexa (na verdade, desde o início, toda a ameaça poderia ter sido eliminada com um simples gesto, que acontece na sequência final). Por outro lado, há bastante ação e monstrengos interessantes, embora o principal desafio que Hellboy e seu amigo Abe Sapiens enfrentem seja de outra natureza: o amor e a difícil relação entre homens e mulheres (neste caso, entre um demônio-macaco de bom coração e uma bela jovem). Esta questão, aliás, proporciona uma das melhores sequências do filme, envolvendo latas de cerveja e música romântica. Já bastante confortáveis em seus papéis, os atores principais oferecem atuações bastante convincentes.

Ao final, a temática central do personagem criado por Mignola é relembrada, abrindo a porta para um terceiro filme, no qual o duelo entre predestinação e livre-arbítrio deverão retornar como temas centrais. Em resumo, Hellboy II: O Exército Dourado vale a ida ao cinema. Quem gostou do primeiro filme, provavelmente gostará deste também. Boa diversão, com um visual interessante e personagens cativantes.

02/09/2008

Um novo começo para os X-Men?


No início dos anos 90, eu acompanhava assiduamente as HQs dos heróis mutantes da Marvel, comprando as revistas da Abril (com seus cinco anos de atraso em relação à publicação original) e também as edições importadas de The Uncanny X-Men, The New Mutants, X-Factor e Excalibur. Embora eu não siga mais as revistas dos “filhos do átomo” há muitos anos, decidi conferir a estréia de Warren Ellis como roteirista da Astonishing X-Men e a chegada da Uncanny X-Men a seu número 500 (com a capa de Alex Ross que ilustra esta postagem).

Obedecendo a uma lógica de produção e consumo massificados, os quadrinhos de super-heróis em geral sustentam-se nas marcas e modelos de sucesso. Com isso, de tempos em tempos, edições e histórias especiais precisam ser produzidas pelas editoras, para reavivar o interesse dos leitores. Este é o caso de Astonishing X-Men n°25 e Uncanny X-Men n°500, publicações lançadas recentemente nos Estados Unidos, que anunciam um novo começo para o grupo de heróis mais popular dos quadrinhos norte-americanos.

Na primeira página de uma das revistas, uma nota editorial anuncia: “Uma nova era na história mutante começou. Com sua antiga base destruída, os X-Men transferiram-se para São Francisco, na esperança de estabelecer um novo refúgio para sua raça. Com os mutantes agora reduzidos a poucas centenas, o líder dos X-Men, Ciclope, está determinado a proteger essa frágil comunidade por quaisquer meios necessários”. Concentrando-se em demarcar esta fase de transição, as duas edições trazem alguns elementos atípicos às HQs dos mutantes.

Astonishing X-Men n°25 tem como principal chamariz a estréia do roteirista Warren Ellis, que faz parceria com o desenhista Simone Bianchi e o colorista Simone Peruzzi. A história parte de elementos cotidianos: Wolverine cochilando numa árvore, o Fera cantarolando uma canção, a nova x-man Armadura reclamando de seu codinome, Ciclope e Emma Frost acordando juntos... Seguem-se então questões acerca da qualidade do café, algum cinismo nos diálogos e explicações sobre a nova estratégia de atuação do grupo de heróis.

Quando a revista está caminhando para o fim, finalmente os X-Men entram (quase) em ação, ao serem chamados pela polícia local para auxiliar na investigação de um assassinato. Ellis ainda tem espaço para uma de suas explicações pseudo-científicas, antes de encerrar seu primeiro roteiro para os X-Men anunciando uma trama envolvendo (de novo) naves e tecnologia alienígenas. Já as imagens de Bianchi e Peruzzi, com seu traço realista, efeitos de sombras e meios-tons, foge ao visual comum às HQs dos heróis mutantes.

Por sua vez, Uncanny X-Men n°500 aproxima-se mais das HQs tradicionais dos personagens da Marvel, o que é explicitado na bela capa de Alex Ross (uma composição com diversos momentos do grupo). Na página de abertura, uma nota editorial com referência à trajetória dos heróis: “Por todo o tempo que têm existido, os X-Men têm protegido um mundo que os odeia e teme. Agora, com a raça mutante reduzida a poucas centenas, eles deixaram sua antiga escola e passaram a se dedicar à sobrevivência de sua espécie a todo custo”.

O que vem a seguir, contudo, é uma HQ bem menos dramática, repleta de inusitadas sequências envolvendo o mundo das celebridades e a relação dos X-Men com a tolerante cidade de São Francisco. Nos capítulos seguintes, entra em cena Magneto (o primeiro e principal vilão mutante) e também os robôs assassinos Sentinelas (que acrescentam uma peça nostálgica ao roteiro). Também o visual, produzido por duas equipes de ilustradores, segue uma linha mais tradicional, não destoando do que se possa esperar de uma HQ de super-heróis atual.

No geral, Astonishing X-Men n°25 e Uncanny X-Men n°500 são revistas interessantes e bem produzidas, com alguns elementos originais. Entretanto, só o tempo poderá dizer se se trata mesmo de um “novo começo” para os heróis mutantes da Marvel, ou apenas mais uma jogada editorial amparada em modismos passageiros (como as mudanças visuais e temáticas sofridas pelos personagens há alguns anos, como reflexo do sucesso dos filmes dirigidos por Bryan Singer). Para quem quiser saber mais sobre a história e os quadrinhos dos X-Men, basta clicar na palavra em destaque abaixo.